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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Poema: A SENTENÇA DO POETA



Estou a tua frente, Senhor Criminoso.
E  veja só, com que respeito  te trato...
Não te chamo de "Excelência", porque  poderias  julgar
uma  ofensa.
Não  posso afirmar que és ladrão, assassino  ou praticante
de tantos outros crimes, pois somente quando não houver mais
nada a  esclarecer, poderei te julgar.
Até lá, podes  andar por este mundo de Deus,  usando  a " carta
branca"  que o "capeta"  te  deu.
Os teus crimes são muito pequeninos, diante da covardia da 
sociedade  que te presume inocente, até que o processo morra de velhice.
E, aí, é só cremar... não o teu corpo, que é intocável, mas o processo,  que é ofensivo a  tua dignidade !
Quem sabe, algum iluminado pense numa saída, não  da prisão, 
é claro, pois esta já ocorreu...
Um recurso amplo,  poderia, com segurança, te mandar, em 
Segunda Instância,  para o purgatório...
Nada disto sendo  possível, restará o consolo da  Justiça Divina, 
que tornou finita a vida, também, para  quem tem "cara branca"  
expedida pelo "capeta".
Nem minha  rima  te ofertei, com medo de ser  furtada.
Cumpra-se, finalmente.
É  a " sentença do Poeta !

Sinval Silveira

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Poema: SOU O GRITO QUE NÃO SE OUVIA


Verdade.
Mas, também, não me calo.
De amor, eu falo.
De saudade, sofro gemendo...
Procuro, nas trevas, a luz que  se apagou.
No silêncio, o sorriso que me abandonou.
Sigo as pegadas, mesmo apagadas, pois sei
o caminho que tomou.
Meus sentidos ficam atentos e, no vento, leio
as mensagens que ela mandou.
A voz do trovão fala ao meu coração, trazendo
recados de esperança, falando  de bonanza,
acalmando minha emoção !
Decifro os relâmpagos no firmamento...
São sinceros e falam o que quero ...
Banho-me na água da chuva !
São lágrimas de alegria, brindando a chegada
daquele amor,  que tanta falta me causou !
Sou o grito que, agora, é ouvido !

Sinval Santos da Silveira.