Estou a tua frente, Senhor Criminoso.
E veja só, com que respeito te trato...
Não te chamo de "Excelência", porque poderias julgar
uma ofensa.
Não posso afirmar que és ladrão, assassino ou praticante
de tantos outros crimes, pois somente quando não houver mais
nada a esclarecer, poderei te julgar.
Até lá, podes andar por este mundo de Deus, usando a " carta
branca" que o "capeta" te deu.
Os teus crimes são muito pequeninos, diante da covardia da
sociedade que te presume inocente, até que o processo morra de velhice.
E, aí, é só cremar... não o teu corpo, que é intocável, mas o processo, que é ofensivo a tua dignidade !
Quem sabe, algum iluminado pense numa saída, não da prisão,
é claro, pois esta já ocorreu...
Um recurso amplo, poderia, com segurança, te mandar, em
Segunda Instância, para o purgatório...
Nada disto sendo possível, restará o consolo da Justiça Divina,
que tornou finita a vida, também, para quem tem "cara branca"
expedida pelo "capeta".
Nem minha rima te ofertei, com medo de ser furtada.
Cumpra-se, finalmente.
É a " sentença do Poeta !
Sinval Silveira