Homem triste, sensibilidade fraturada e exposta,
caminha trôpego pelas estradas da vida, tentando
sua ferida cicratizar.
À cabeça, nenhuma proteção .
No coração, só sentimentos e recordações.
Ressentimentos, também.
Procura o que perdeu, ou levaram. Não importa.
Perdeu....
Deveriam ter levado, na mesma bagagem, as
lembranças. Os lamentos.
Estes ficaram e maltratam.
Fratura exposta, dói.
No coração do poeta, esta dor potencializa,
atormenta e penaliza, quem nenhum crime
praticou.
Levaram o seu amor. Deixaram a dor.
Desabafa o seu sofrimento, conversando
com o seu grande amigo, um branquinho
beija- flor.
Recebe o seu carinho, pois sua companheira,
também, o abandonou.
Para outro jardim, se mudou.
Até a corujinha voltou, e sua face beijou.
A lua, piedosa, chegou mais cedo, para o seu
caminho clarear.
Toda a mata ficou iluminada, para despertar
a passarada, que se pôs a cantar.
Sobre o mar, a mais linda estrada prateada,
para ela passar.
Mas o silêncio predominou.
A lua foi embora, os pássaros pararam de
cantar.
E o poeta, ferido, procura o seu coração curar...
Somente o beija-flor e a coruja, um à noite, e o
outro no dia, com ele tentam conversar.
Boa noite amigo,
ResponderExcluirEste conto me levou às lagrimas. Parece que você até conhece as dores pelas quais estou passando. Estou me sentindo exatamente como essa poeta... só dor e abandono. E acabei revelando isso em alguns dos meus posts. É muito gratificante quando lemos um conto ou poema que toca profundamente nossa alma. Ainda não sou poetisa ... mas tenho a alma ferida. Achei simplesmente fabulosos este conto.
Desculpe-me pelo desabafo e pelos eventuais erros... As lágrimas estão me impedindo de ver.
Tenha uma noite iluminada!
Um afetuoso abraço
Gracita
Gracita, nobre e assídua amiga:
ResponderExcluirQue bom poder privar das tuas generosas
manifestações, transbordantes de carinhos.
As lágrimas também servem para lavar a
ferida aberta na alma, de quem ama...
E quem ama, sempre é o mais feliz, pois
este sentimento é puro... é divino.
Parabéns, por teres a capacidade de amar.
Um beijão.
Sinval.