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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ABRINDO O CORAÇÃO


Esta minha querida Ilha, foi fundada, por
Portugueses.
A emoção, e a gratidão, são alguns traços que
continuam  vivos, na cultura desta população. 
Por isto, como descendente desta boa gente,
quero destacar um agradecimento, em forma
de "conto poético", ao elenco feminino do meu 
"QUADRO DE  SEGUIDORES".
Claro, extensivo, na sua plenitude, aos meus
dignos seguidores, masculinos.
 
 
 
 
Conto poético:
          
 
           OS   ANJOS  DA  MINHA  VIDA
 
 
Sorriso encantador,  olhar que me prende a
atenção.
Mãos que escrevem de tudo, palavras doces,
gentis, estimulando  a minha  imaginação.
Tenho dúvidas, se  és uma   pessoa, como eu, ou
um anjo vindo do céu.
Embora de muito longe, leio, em teus  olhos,  o que  
trazes no coração.
Deixas recados, repletos  de ternura !
Ajudam-me a viver  feliz.
Como  escreves bem !
Tenho vontade de abraçar-te.
Falas de amor, em forma de poesia, com
naturalidade.
Sinto  uma forte  emoção,  ao reler  cada palavra e,
até mesmo, a pontuação.
Talvez nem saibas a extensão do  amor, e da
amizade, que  transmites ao postar teus belos,
atenciosos, e generosos comentários, em meus
humildes textos.
Todos vem revestidos de  uma áurea angelical,
recadeiros do bem.
Fito tua foto, ampliada, leio o teu perfil,  e me encanto.
És uma perfeita artista.
Sensibilidade à flor da pele...
Fico honrado !
Finalmente, agradeço, querendo beijar as tuas mãos.
Agora, tenho certeza,  não és como eu.
És um anjo, vindo céu !
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ABRINDO O CORAÇÃO...




Esse é o título de um texto que fala, de uma historia real,
com detalhes e episódios surpreendentes,fatos verídicos,e
comprovados,acontecido aqui mesmo, em nossa ilha,nossa casa..
todos datados,e documentados.
Tenho certeza, que entre todos os trabalhos já postados nesse espaço,esse será o que mais 
chamará atenção de todos os leitores e seguidores...
Já a alguns dias , o coração tagarela não está sendo atualizado,
mas logo , um novo trabalho estará disponível.

E... mais alguns dias, o "Abrindo o Coração" estará pronto
e então publicado.
Um abraço
e até breve...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Conto poético: BILHETES ANÔNIMOS


 
Trabalhava comigo, uma brilhante advogada.
Além de ótima profissional, uma bela e encantadora
mulher !
Os homens a olhavam com profunda admiração ...
Não sei se posso considerar um fato normal,  mas me
confidenciava que, há algum tempo, vinham aparecendo,
em sua mesa de trabalho, bilhetes com mensagens
apaixonadas, acompanhadas de uma linda rosa vermelha.
Imaginei, claro, um tímido colega de serviço, sem
coragem para declarar a sua paixão.
Nos bilhetes, perfumados, frases belíssimas !
Ela se mostrava encantada, e curiosa.
Quem poderia ser ? 
Um doce mistério, pois  todos os homens  eram suspeitos.
Era um ambiente com muito trânsito de pessoas, da
Casa, e do público artístico, em geral.
As mensagens eram muito bem escritas, em  grafia
impressa, o que dificultava a sua identificação.
A frequência, quase que semanal.
O misterioso missivista, comentava sobre as roupas
que ela vestiu durante a semana, maquiagem,  sapatos,
joias, penteados, e externava  ciúmes, em relação às  
pessoas  com  quem conversou.
Inacreditável.
Até certo ponto, amedrontava, tamanho o mistério.
Pressenti, nela, uma ponta de  medo.
Exonerada, por interesses particulares,  deixou de
fazer parte daquela equipe.
Foi trabalhar em uma grande  capital, onde casou.
Tempos depois, generosamente, me visitou.
É evidente, aquele episódio veio à tona.
Disse-me:
"Meu amigo, preciso desabafar aquela louca aventura.
Lembra-te daquele estagiário, lotado em meu Setor ? 
Pois eu me apaixonei por ele.
Eu era a pessoa tímida, e encontrei nos bilhetes
anônimos, uma forma de chamar  a sua atenção,
descrevendo os meus dotes pessoais.
E comentava com ele os detalhes que o "anônimo"
abordava em seus escritos.
Não deu certo, pois a sua preferência era "outra".
E eu, ainda não consegui fechar a minha boca.
 
.
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Conto poético: O POEMA QUE NÃO CONCLUI


 
 
Ardente de paixão, iniciei este poema, para
homenagear a mulher.
Descrevi sua beleza , e a sua alma feminina,
enalteci.
Do seu olhar, aproveitei o brilho  para  iluminar
a  vida,  e do seu corpo, o calor para  me aquecer.
Dei-he a minh'alma, não poupei  meu coração.
Jurei amor, cumpri minhas promessas, aos seus
pés me ajoelhei, e até de santa, a chamei !
Minhas lágrimas secaram, de tanto sofrer...
A tudo, o poeta assistiu,  e comigo chorou.
Sorrir, não conseguiu.
Alimento-me, hoje,  das lembranças, subjugando a  
tristeza.
Quero escrever  meus lamentos, desabafar
sofrimentos.
Peço, então,  socorro ao poeta, que se esconde em
suas entranhas  e,  em versos, me responde:
"Perdoa-me, amigo.
Teu amor,  salvar não consigo.
Ver teu sofrimento, inibe os meus pensamentos,
deixando-me sem ação, para acalmar o teu sofrido
coração.
Nada tenho para dizer, além do meu abraço, te
oferecer.
Encerra este poema,  e olha  as flores, aspira o seu
perfume, aprecia  a sua beleza.
Estão te aplaudindo, é  primavera !
Viva ! "
Obedeci...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Conto poético: O POETA ANALFABETO


Tintureiro, lavador de roupas, e analfabeto.
Mas, um poeta.
Jamais teve a oportunidade de frequentar uma escola.
Sequer, um dia.
Educado, de um coração incomparável !
Manoel Domingos Dias.
Conheci este homem, em minha adolescência,
compondo  versos, guardando-os em sua memória,
e nos sentimentos.
Falava dos seus amores.
Sete ao todo, confidenciou-me.
Sentiu-se muito feliz, quando lhe disse que escrevi
um dos seus versos, no "quadro negro" da minha sala
de aulas.
Foi às lágrimas !
Ainda lembro de algumas letras:
"Toca o sol,
limite da sua carreira diária.
Nuvens púrpuras,
franjadas de ouro resplandecente,
formam-lhe  o brilhante cortejo.
Cresce pouco a pouco o astro triunfante,
e pouco a pouco,
apaga-se a luz do poente."
Mendigava atenção das pessoas, para recitar versos,
como este.
Ah, meu amigo poeta, nem imaginavas que, um dia, eu  
reverenciaria  tua memória, procurando relembrar os
teus doces poemas !
Não sinta culpa, nem vergonha, se as letras não te foram
ensinadas, pois foste um sábio, soubeste dar atenção às
angústias, amar, e escutar o que diz a alma.
Para isto, não precisavas, mesmo, saber ler e escrever,
pois esta façanha é privativa dos mortais.
Foste um poeta, Mestre, e continuarás vivo, nos meus
versos, e no meu coração

sábado, 5 de outubro de 2013

Conto poético: O DOCE BEIJO DO MESTRE.


 Que reencontro emocionante, tive esta semana, numa das
esquinas da vida.
Meu querido professor de geografia, nas felizes épocas
do, então, curso ginasial.
Que emoção, meu Deus !
Procuramos um banco de jardim, que pudesse nos acolher,
pois a conversa prometia estender-se, por um longo tempo.
Tratou-me, ainda, de "meu filho", como antigamente.
Recordamos os velhos tempos, os  alunos  e o destino
que  tomaram...
Estava bem informado.
Perguntei-lhe coisas óbvias. 
Disse-me:
"Todas as noites rezo por vocês,  queridos alunos.
Jamais  deixaram de ser meus filhos amados.
Vocês são a minha vida, as minhas lembranças...
No decorrer do meu trabalho, apaixonei-me por uma
aluna, tua colega,  sabes disto, tenho certeza.
Foi um escândalo, nesta Cidade.
Mas o amor venceu, foi mais forte.
Estamos casados há mais de 50 anos, mais de meio
século de plena felicidade !
Algumas pessoas, chamadas de "tradicionais,"  quase
destruíram  este sonho de fada.
Sabe, meu filho, a partir de certa idade, quando paramos
as atividades profissionais,  resta um enorme tesouro,
as lembranças de tudo o que passamos  na vida.
Vocês, meus alunos, são este tesouro.
E tu, és parte dele
Lembro-me de cada sorriso, inocente ou  maroto.
Sei  que o tempo deve ter modificado, e muito, esta
inocência  de que falo.
É natural que seja assim.
Naquele  prédio, hoje funciona outra escola mas, de
vez em  quando, volto lá, por ordem da saudade.
Ainda escuto as vozes dos meus alunos, o toque  da
"sineta", e me vejo lecionando..."
Terminada a conversa, aquele mestre, tão enérgico
no passado, abraçou-me, em lágrimas, e me beijou.
Foi o único beijo que ganhei de um professor, em toda
a minha vida...  um doce, e inesquecível beijo !
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Conto poético: A MONTANHA DA VIDA


 
 
Seu olhar parecia perdido no passado, falando consigo
mesmo, transpirando fortes lembranças, que o  tempo
não apagou.
São  momentos de nostalgia, de  saudade, que somente
ele poderia entender.
Quando ouvia o sino da capelinha, anunciando o final do
dia, se benzia e orava a Deus, agradecendo.
Da janela do seu gabinete, admirava o mar, e  aquela
montanha urbana, onde residiu por muito tempo.
Ficava tomado de emoção.
Lembrava do menino pobre, da vida dura que levou, dos
caminhos ásperos que  trilhou, até chegar  aqui, nestes
tapetes macios.
Dos amigos que lá ficaram, e da pobreza que, para alguns,
não acabou, jamais esqueceu.
Quando em visita, cumprimenta a todos que encontra, mas
ninguém o reconhece...
Ouve vozes, e enxerga rastros do passado.
As crianças ainda estão por lá, não cresceram, parecendo
as mesmas.
Ele  sabe o caminho a tomar...
Tenta falar, ninguém o escuta.
Do cume  da montanha, vê a sua Cidade, fecha os olhos,
e medita. 
Nem acredita.
Parece que o tempo não passou.
Tudo sempre foi  um desafio.
Desejava  ajudar aquela gente, pois conhece o caminho.
Ninguém chegará ao cume, sem subir a montanha,
não aquela, mas a  da vida.
Agora, com  lágrimas nos olhos, escuta as últimas
badaladas do sino, beija as suas mãos, limpas pela
água pura da consciência...