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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Conto poético: AMOR EM COMOÇÃO




Madrugada.
Fria madrugada !
Os pássaros noturnos sobrevoam as águas
bravias dos costões, não dando trégua aos
cardumes, que brilham à superfície, sob à luz
intermitente dos relâmpagos no horizonte.
O predador maior, de chapéu de palha à cabeça,
olhar fixo no movimento da maré, tem
 a sua atenção quebrada pela  angústia de um grito
de mulher.
Chora, à beira da loucura, sem perder a ternura,
num redemoinho de sofrimento. 
Comovente !
Distante, observo e me assusto...
Os gritos se misturam, agora,  aos trovões
 da tempestade, trazendo a dor, o medo  e a saudade.
Imagino a intensidade daquele amor, e quem
poderia  merecer tamanho clamor...
Ah, vida !
Por que não me ofereces um amor assim, 
repleto de mistérios, desejos, redemoinhos
 de alegrias  e gargalhadas  de felicidade ?
Meus braços estariam eternamente abertos,
transformando o frio da  madrugada, num
ardente  amor !

2 comentários:

  1. Uma imagem e um poema intensos, amigo Sinval! As suas palavras como um chamamento de amor...
    Um beijo.

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  2. Ah, Graça Pires, querida amiga !
    Muito agradecido pela costumeira e
    carinhosa atenção.
    Um fraterno abraço, aqui do Brasil.
    Sinval.

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