Nem sei o nome de quem traz felicidade
ao meu viver.
Estou desbastando esta pedra bruta,
para conhecer a apoteótica sublimação !
Será libertado o fruto da imaginação !
Vou batiza-la com um lindo apelido, o mais
belo que houver !
A emoção é grande.
Minhas mãos tremem e as lágrimas
turvam meus olhos.
Imagino o seu rosto, tão delicado, preso
neste bloco de arenito, sem piedade, há
milhões de anos.
Conseguiria descreve-lo, não fossem os
anjos que, enciumados, a protegem.
Já posso ouvi-la, sorrindo e chorando de
emoção !
Então, és tu ?
Já te sentia há tanto tempo !
Sempre te amei, em profundo segredo.
És o amor que habita os meus sonhos
e fantasias, aplacando os meus agudos sentimentos.
Agora, és real !
Teu nome ?
Sim, te batizo na pia batismal do universo,
com o apelido de:
A R E N I T A !
Sinval Silveira