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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Poema: O E S C U L T O R



Nem sei  o  nome de quem traz  felicidade
ao meu viver. 

Estou   desbastando esta pedra bruta, 
para  conhecer a apoteótica  sublimação !
Será  libertado o fruto da   imaginação !
Vou batiza-la com um lindo apelido, o mais 
belo que houver !
A emoção é grande.
Minhas mãos tremem e  as lágrimas 
turvam meus olhos.
Imagino o seu rosto, tão delicado, preso
neste bloco de arenito, sem piedade, há
milhões de anos.
Conseguiria descreve-lo, não fossem os 
anjos que,  enciumados,  a  protegem.
Já posso ouvi-la,  sorrindo e chorando de 
emoção  ! 
Então, és tu ?
Já te  sentia há tanto tempo !
Sempre te amei,  em profundo segredo.
És o  amor que habita os meus  sonhos
e fantasias,  aplacando os meus  agudos sentimentos.
Agora, és real !
Teu nome ? 
Sim, te batizo na pia batismal do universo,
com o apelido de:  
A R E N I T A  !
 
Sinval Silveira

 
 
 
 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Poema: UMA INEXPLICÁVEL TRAIÇÃO


LILS,  é real.
Sua história de vida, também.
Um povo nele  acreditou. 
Parecia  o messias.
Tudo prometia !
Embalou sonhos, aprendeu o canto  da  
sereia. 
E cantou... e cantou...
O povo sorria,  feliz !
Um homem de aparência humilde, trazendo
nos olhos o  brilho do encanto !
Mas, sob a capa incolor da confiança, o 
horror de  uma lança, que a todos assassinou.
Matou a esperança... morreu a esperança...
LILS,  é  real.
A  inexplicável  traição, parindo a decepção,
também...
O  inferno aplaudiu !

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Poema: NÃO ME ENSINASTE A TE ESQUECER



Aprendi, no amor, tudo contigo !
Foste minha mestra, conselheira e
companheira.
Superei  sofrimentos,  esqueci os lamentos,
passei a olhar a vida de outro jeito.
Conheci  o perfume das rosas  e do jasmim.
Notei as lágrimas de felicidade, derramadas
por ti.
Confidências, foram tantas...e  nenhuma 
delas esqueci.
Teu  sorriso, teu olhar e o  gracioso  jeito de
 andar,  escravisaram os meus sentimentos.
Cheguei ao ponto final, sem saber voltar.
As flores,  que encontrei na ida, secaram.
O perfume sumiu e os espinhos brotaram
pelo caminho.
A saudade ocupou  todos os espaços que,
contigo, convivi.
Restou a  dor...
Não me ensinaste a te esquecer.
 
sinval silveira

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Poema: COMPARAÇÕES



Só, permaneço deitado nesta pedra, no meio 
da mata.
O vento fresco e úmido acaricia minha face.
Fecho os olhos e me deixo levar pelos  sentidos...
Ouço os pássaros, sinto perfumes. 
Cantam alegremente para conquistar  seus amores.
Percebo  sua proximidade. Sou um invasor;
Um intruso em seu  ninho.
Como  são felizes !
É contagiante !
Não conhecem os meus vícios.
Ambição, vingança... e tudo mais.
Um pequeno fio de  água  se dirige  apressado  
ao córrego, parecendo conhecer  seu destino.
Mas, nunca passou por  aqui.
Jamais terá  a  chance de voltar  a este lindo lugar.
O perfume adocicado das frutas silvestres, atrai  
o reino animal, num fantástico frenesi.
Sinto-me parte desta agitação.
Meu  meio urbano  não é harmonioso como este.
Aqui,  o limite do predador é o tamanho da sua 
fome.
No meu mundo, a ambição não  tem  limite...
A lealdade inexiste  e o ódio  brota  a cada 
momento, como aquele fio de água  que passou.
 
Sinval Silveira