Amarelou, desbotou, mas vive para mim.
Quase irreconhecível, ainda conversa comigo.
Fala o que quero ouvir.
Dá-me conselhos e sorri do que tenho medo.
Olha-me com ternura... relembrando um passado que
nem mesmo eu conheci.
Conta-me histórias, diferentes, para não me aborrecer...
Imagina !
Aos seus pés, faço as minhas orações, confissões e
peço perdão.
Sempre sou perdoado... mesmo havendo pecado.
Ainda sinto suas mãos deslisando sobre minha cabeça.
Reúno forças e peço a sua benção.
"Deus te abençoe, meu querido filho".
As lágrimas seguem seu leito e eu adormeço,
abraçado a uma intensa saudade !
Sinva Silveira