Dela, ficaram as amargas lembranças, parecendo
sombras de pesadas nuvens, arrastando tudo pelo
caminho..
Levou meu sorriso e ofuscou o brilho do meu olhar.
Plantou tristeza em meu coração que, hoje, chora.
Nem um Adeus me deixou.
Quantas juras me fez ouvir, pedindo para acreditar ...
Até suas lágrimas, com meu lenço branco, enxuguei.
Hoje sei, eram gotas de veneno, disfarçadas de doce
pranto.
Procuro, agora, um cajado, para apoiar esta alma sofrida e
cansada, embalada nas madrugadas pelo grito do vento frio
no telhado.
Sim, são amargas lembranças, mas aguardo o milagre da
bonança, que virá no calor de um novo amor !
Sinval Silveira