De olhar expressivo e gestos delicados,
a linda mulher procura, na multidão, o amor
que o tempo lhe negou.
Plantou tanto carinho e dedicação, colheu,
com fartura, apenas, decepções e dissabores.
Os anos se apresentam amargos.
Negam-lhe os sentimentos. Não lhe permitem
distinguir o suave prazer, das asperezas da dor,
turvando-lhe a visão do futuro.
Foi às profundezas do abismo, para purificar
sua alma.
Agora, o tempo se esgota.
Entrega-se de corpo, alma e coração ao seu
amado, que o destino lhe reservou.
Pavimenta, com pétalas de rosas vermelhas,
o caminho do seu querido homem, simbolizando
o mais puro e ardente amor ...
Juntos, transpõem todos os limites das emoções.
As lágrimas, que brotam da fonte da felicidade,
regam a oferenda, misturando-se à seiva das rosas...
Sobre a cama, também coberta de pétalas,
deitam-se dois corpos apaixonados, ligados por
uma só alma.
A libertação dos desejos, marca todo o esplendor
da ausência da culpa...
E a linda mulher só acorda do doce delírio,
ao ouvir a suave voz do seu coração a lhe dizer
sorrindo : "finalmente, sou feliz ".
(Sinval-02/2011)
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