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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Doralice

 
Não esconde, esta mulher, a felicidade
completa, que a vida lhe ofereceu.
Pobre, mas fartamente amada, o que
lhe faltou não representa nada.
Nascida em casinha muito simples,
no meio do mato,tinha como amigo
um sabiá laranjeira, de canto flauteado.
Tudo faltava naquela casa, feita somente
de barro, mas tinha, em abundância, as
lindas brincadeiras de criança.
Sobre a modesta mesa, sete flores no
altar da família. Nascidas de uma rosa
e de uma planta rara, de nome Acácio,
exalavam o perfume da felicidade, do
amor e da harmonia.
Uma delas, em pleno botão, prestes a
desabrochar, deixa o altar, para seu
próprio jardim cultivar.
Doralice e seu jardineiro encantado,
Vidomar, por quarenta e cinco anos,
viveram, em comum, um sonho de
amor exemplar.
Sua alma entregou a Deus, e ao seu
amor, a vida.
Confuso, Deus levou o seu amor,
deixando a sua alma, para outras
almas iluminar.
Hoje, a saudade invade o seu peito,
o mesmo que alimentou  seis
rebentos.
Mas a mulher retorna à felicidade dos
tempos de criança, veste os trajes de
artista, sobrevivendo de amor e de
esperança !

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