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sábado, 6 de agosto de 2011

CAVALO AMIGO


 

Corremos juntos, pelos lindos e verdejantes
campos da minha terra.
Nosso amor  foi tão puro, quanto as
cristalinas águas , brotadas do  coração
das  negras rochas, daquele lugar.
Nas largas campanhas, da boiada, com a
própria vida, me protegias.
Quando cansada, deitada na fresca flexilha,
me vigiavas, atento a  todos os perigos.
Gostavas de me ouvir milongas cantar.
Até parecias entender.
Quando com frio tremia, bafejavas,
carinhosamente, em minhas mãos, para
me aquecer.
Em teu confortável lombo me acolhias,
num trote macio me conduzias, e nem
das rédeas precisavas, pois sabias para
onde eu ia.
O tempo passou, Pingo de Ouro, eterno
amigo do Panamá, mas da minha querência,
és a lembrança dos meus lindos  tempos de
criança.
Hoje cavalgas, em liberdade, pelas  infinitas
campanhas, em direção ao sol da minha eterna
saudade !

Um comentário:

  1. O que posso dizer diante de tanta sensibilidade...que me levaste as lagrimas seria pouco! Meu Deus, me vi sendo a propria personagem! Obrigada poeta maravilhoso! Eu te reverencio.....

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Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.