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domingo, 21 de agosto de 2011

SEJA BEM VINDA

Havia morrido. Nem vestígio, daquela
mulher,  restou.
A ausência, cruel e persistente, foi o
mortal veneno.
O forte amor, que tanta  felicidade  em
mim plantou,  sumiu, partiu, não  voltou.
Meu sentimento de dor, ferido dormiu,
nunca mais acordou...
Hoje, misteriosamente, senti o perfume
delicado das imaginárias flores do meu
inefável jardim.
Aquelas tulipas vermelhas, estavam lá,
naquele mesmo lugar, por ti, plantadas.
Não sei porque, refloresceram cheirosas
como nunca, lindas como jamais...
Nem a estação é  primavera, nem meu
sofrido coração pode suportar tamanho
renascimento.
Agora gargalham os meus sentimentos,
felizes pelo teu retorno, embora nem
mesmo saibas destes  acontecimentos.
Mesmo assim, seja bem vinda ao meu
jardim...

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