A mata natural, nas proximidades das residências,localizadas
nas ruas urbanas da capital, se torna cada vez mais escassa.
O mundo animal silvestre, sofre.
Os pássaros recorrem a um frondoso pé de jaboticabas,
plantado, por mim, com todo o carinho,nos idos de 1964.
Alimenta, fartamente, várias espécies, nas duas ou três safras anuais. iinclusive seres humanos, que se deliciam com os saborosos frutos, e o belíssimo visual, que oferece à
propriedade.
Até os gambás, à noite, se banqueteiam.
Não mais me pertence.
Mas o admiro pelo fervilhar de vidas, na perfeita harmonia
entre dois reinos.
Sinto orgulho, de haver plantado tão farta fonte de alimentos, e beleza. Um verdadeiro ninhal.
Agora, tudo isto, pertence ao passado.
Habitam, apenas, as minhas tristes lembranças.
Em plena florada de setembro, aniversário da primavera, coberta de lindas flores brancas,exalando um doce perfume, orquestrado por abelhas, à procura do néctar, a linda jaboticabeira ouviu sua sentença de morte.
O carrasco, armado de uma moto serra, devorou suas entranhas, acabando com seu ecológico reinado, de quarenta e sete anos.
Nenhum motivo aparente, para o cometimento desta barbárie.
Entendo que a mente humana, é a ultima barreira da medicina.
Além da brutalidade e da ignorância, talvez, no futuro, a ciência encontre, como resposta, outro enquadramento, que possa justificar tamanha maldade...
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