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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

conto poético: BOLINHA DE GUDE


Que fantástica brincadeira, a de bolinha de vidro.
O fascínio que exercia, sobre os meninos da minha época,
era alucinante.
Coloridas, muito coloridas, em vários tamanhos, eram a
estrela das brincadeiras de criança.
O "bolão"era maravilhoso. Servia mais como decoração.
As regras do jogo eram bem claras. Ninguém poderia
descumpri-las, pois a briga estaria formada.
No chão, um pequeno buraco, arrematado com o calcanhar,
descalço, para ficar bem lisinho.
Contavam-se, mais ou menos, seis passos e ativaram-se
as bolinhas em direção a "boca".
Também tinha outras modalidades. As apostas eram levadas
a sério. Quem perdesse, ficava sem as suas bolinas "casadas"
nas apostas.
Ainda hoje, revirando uma caixa de objetos guardados, encontrei
minhas bolinhas de vidro de estimação.
Ouvi o som produzido por elas. Pareciam comigo conversar.
Nada mudou... somente eu.
Algumas, ainda me lembro, ganhei nas apostas.
Gostaria de reencontrar meus amigos, e devolver-lhes, todas...

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