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terça-feira, 18 de outubro de 2011

A LAVADEIRA

Observei, por muitos anos, uma mulher lavadeira,
talvez uma guerreira.
Subia o morro, onde morava, com uma trouxa de
roupas sujas, na cabeça.
Seu tanque, cheio d'água, feito de madeira, servia
para a roupa esfregar e enxaguar.
Aguardava a luz do dia, para o seu trabalho começar.
Enquanto o sol brilhava, aquela mulher trabalhava,
sem parar.
Abandonada pelo marido, seus dois filhos tinha que
alimentar e educar.
Mulher bonita, se quisesse, nem precisava trabalhar.
Mas sua dignidade, colocava em primeiro lugar.
Do seu nome, nem me lembro mais. Dos seus filhos,
meus amigos, sim, nunca esqueci.
Duas pessoas de bem, educadas e corretas.
Sempre tive, por aquela família, a maior admiração.
Jamais irão sair do meu coração !

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