pulsando

Seguidores

domingo, 6 de novembro de 2011

Conto poético: UM HOMEM DE VERDADE


Um jovem médico, dedicado e competente cardiologista,
muitos serviços tem prestado a nossa Cidade.
Pertencente a uma Família tradicional, unida pelo amor e
pelo respeito.
Seu pai, antigo delegado de polícia, conquistou muitos
amigos, pela seriedade e honestidade, com que exerceu
suas altas funções públicas.
Mas, certamente, muitos inimigos integram sua lista social.
O filho, médico, ainda nos primeiros anos de sua profissão,
já famoso, sofreu a terrível dor ao ver o seu pai, em tocaia,
ser assassinado, por vingança.
O assassino foi condenado a dezenove anos de reclusão.
Certa madrugada, o médico de plantão, em hospital público,
o mesmo filho do delegado assassinado, em emergência
absoluta, realizou uma grande cirurgia cardíaca.
Por ocasião da alta, recebeu um emocionado abraço do
paciente, sob os olhos observadores de uma antiga
enfermeira.
Dias depois, numa conversa profissional, mais íntima, recebeu,
dessa mesma enfermeira, a informação de que aquele paciente
operado, é o assassino do seu pai, e que chagou ao hospital,
sob custódia, pois ainda está cumprindo a sua pena.
O médico esboçou um suave sorriso, e respondeu àquela senhora,
que desde o primeiro momento, pelo prontuário, sabia de quem
se tratava.
A grande dúvida foi se deveria, ou não, operá-lo, por uma questão
de ética médica.
Entretanto, a urgência era de tal ordem, que não havia opção.
"Estou em paz com a minha consciência, pois este é um dos
pilares da vida, que o meu pai me ensinou.
Eu cumpri a minha parte, e o Estado, também. O sentenciado,
cumpre a dele. Não sei como ficará a sua consciência ...
quando souber destss detalhes.
Faço votos de ö ajudem, em sua recuperação social".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.