Moça bonita, família distinta, educação não lhe faltou.
Boa filha e irmã. Não queria saber de namorar, mas nos
estudos era exemplar.
Pelos rapazes, sempre foi muito assediada.
Mas Getúlio olhava Nevinha como um predador, à espreita
da presa.
Cada dia que passava, por capricho da natureza, ficava mais
bonita e atraente.
Getúlio parecia enlouquecer, de tanto ciume.
Era o seu vizinho de porta.
Quando a moça completou quinze anos de idade,
a freguesia dos pescadores, passou a olha-la como
uma linda mulher.
Mas, Getúlio, era só um menino grande, aos quatorze anos.
Não tinha como concorrer com os rapazes mais velhos.
Que lástima. Que tortura!
O pior, ainda, é que a moça o via como um irmão, pois
foram criados juntos.
Mulher feita e belíssima, embarcou na primeira garupa
que alguém lhe ofereceu.
Foi embora. Sua família quase enlouqueceu.
O rapaz foi o que mais sofreu.
O tempo foi passando.
Onze anos de absoluta ausência.
Getúlio nunca namorou.
Todo o povoado comentava que ele ainda amava
Nevinha, sua grande paixão.
Misteriosamente, uma carta foi colocada em sua casa,
por baixo da porta.
Nevinha pedia-lhe socorro. Sofria muito e estava
residindo em uma cidade vizinha.
O socorro foi imediato, instantâneo.
Os dois casaram.
Possuem uma filha que vai completar quinze
anos.
Bela como o frescor da madrugada.
Alegre, como o canto dos passarinhos.
Alfredo, seu vizinho, ainda um menino,está
a sua espreita, como um predador...
"CORAÇÂO TAGARELA" ... Uma maneira maravilhosa de dividir com amigos e familia minhas mais doces emoções poeticas....
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Conto poético: ATRAÇÃO HEREDITÁRIA
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