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sábado, 10 de março de 2012

Conto poético: PAIXÃO SALVADORA

 Transitam  emoções nos sentimentos humanos, quase
inexplicaveis.
Júlia, casada por mais de  trinta e cinco  anos, nunca esqueceu
o seu primeiro namorado, a paixão da sua vida de solteira.
Três filhos, netos, já aposentada, ficou viúva.
Passados, apenas, alguns meses,  entrou em contato com
aquele homem, o amor perfeito.
Desde o rompimento do namoro, nunca mais haviam
conversado.
O homem,  estava com a sua aparência modificada, pelo
decurso do tempo.
Ela, da mesma forma. já havia perdido os encantos da
juventude.
Meio sem graça, cada um contou a sua história de vida.
Ela lembrou  detalhes do namoro, que ele chegou até
duvidar que  tenha sido com ele,  tudo aquilo que havia
se passado.
Mencionou roupas, com as quais estaria vestido, que ele
jamais as usou.
Locais, que juntos  frequentaram, que ele nem conheceu.
Falou durante mais de uma hora,  "sem respirar".
O homem, finalmente, teve a palavra.
Disse-lhe que estava  bem casado, há mais de trinta e
cinco anos.
Lamentou que houvessem terminado o namoro, pois o
motivo deve ter sido banal, já que nem se recorda...
Que ama muito a sua família, mas que, doravante poderão
ser bons amigos...
Despediram-se cordialmente.
Não  teve outro sentimento, naquele  encontro, além do
prazer de rever uma pessoa, que  há muitos anos não via.
Tirou as suas conclusões.
Esta mulher, passou uma vida inteira, fantasiando uma
paixão  na   juventude, acrescentando fatos que a sua
mente criou, e exigiu que fossem verdadeiros.
Hoje está confusa. Não sabe mais distinguir o que se
passou, realmente, e o que é fruto da sua imaginação.
Deve ter sofrido muito...
Apenas para ter certeza de tudo o que havia escutado
de Júlia, e por curiosidade,  rebuscou antigas fotos
da época de solteiro.
Para  sua surpresa, lá estava ele, vestido com  as
roupas descritas.
Faltava certificar-se de alguns locais que teria ido.
Ligou para um amigo confidente, que  tudo
confirmou.
Ficou muito preocupado, com a história.
Procurou um médico.
Estava perdendo a memória, e não percebia.
Júlia chegou a tempo... embora decorridos
 mais de trinta e cinco anos de ausência....
O amor, sempre  chega a tempo....

2 comentários:

  1. Olá meu grande amigo,
    É uma alegria imensa passar por aqui. Amo ler estes fabulosos contos. A cada leitura meu coração interage com alguns fatos narrados. A sua criatividade poética é um bálsamo para os aprendizes. Obrigada por me receber tão gentilmente aqui no seu adorável cantinho e me permitir viajar nestes textos magníficos.
    Beijos grandes
    Gracita

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  2. Gracita, amiga assídua:
    Com que prazer recebo tua adorável visita.
    O conto é cem por cento verídico.
    Convivi com os personagens. Apenas o nome
    é fictício, pois estão por aqui...
    Muito agradecido !
    Um beijão na tua doce alma.
    Sinval.

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Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.