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terça-feira, 13 de março de 2012

Conto poético: QUANDO A SAUDADE BATE FORTE

Tenho um grande amigo, pescador,
Homem inteligente, trabalhador e dotado de todas
as virtudes. Transmite felicidade.
Seu pai, também, foi um pescador.
Como todos os demais, sonhou com uma vida mais
abundante, mais farta e menos penosa.
Sem ter que enfrentar as intempéries, para ganhar o
sustento  da sua família, composta de quatro pessoas.
Passou a exercer as  atividades de vendedor ambulante.
Logo prosperou e, novamente, trocou de atividade.
Desta feita, para um pequeno mercado que, em
seguida, se transformou num supermercado de
médio porte.
Vida feita em, mais ou menos, vinte anos.
adquiriu todos os bens  materiais que sonhou.
Encaminhou os filhos.
Seu coração sempre bateu mais forte, quando
próximo ao mar.
Falou-me, certo dia, que não aguentava mais a
saudade, que sentia da vida de pescador.
Arrendou o mercado, comprou um pequeno
barco,  foi atrás dos seus parceiros e se pôs,
novamente, a pescar.
Dias passados, o  encontrei com  o chapéu de
palha à cabeça, roupas bem simples, mas um
brilho nos olhos e um sorriso de felicidade que,
há muitos anos,  não percebia no meu amigo.
Deu-me um abraço emocionado, confessando
que, agora, é um homem muito feliz...
Não suportaria ficar mais um dia, sequer, sem o
balanço do seu barco, o vento fresco na face,
o canto das gaivotas, o ronco dos peixes, e a
sua liberdade, que não tem dinheiro que pague.

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