Fascinado, pelo som do bronze, olho o campanário.
Provocados, os sinos se debatem, gritam desesperados.
Em forma de sombras, fogem pelas janelas, passeiam
pelos telhados, parecendo querer fugir daquele lugar.
Por sua voz, vejo como são fortes, falam alto, acordam
todo o povoado.
Sincronizados, emitem mensagens, que viajam ao vento,
transpondo montanhas, vales e mares.
Parece que nada os detém.
Só não conseguem fugir do meu coração.
Estão nos recônditos, das minhas doces épocas de criança.
Falam do mesmo jeito... não conseguem calar.
É o destino.
Já anunciaram tantas alegrias, e tristezas !
Até no casamento da mulher, que tanto amei... pareciam, de
mim, gargalhar.
Hoje, abandonada, tenta comigo reconciliar.
Estes sinos não permitem, pois a cada badalada, acordam as
chagas, ainda não cicatrizadas, nas profundezas do meu
coração.
Sentado à frente desta Igreja, ainda escuto a trilha musical,
percorrida por ela, ao encontro da merecida felicidade, sob os
aplausos frenéticos destes sinos.
E eu, sentado neste mesmo banco de jardim, enxergava o
campanário, turvado pelas incontidas lágrimas, que dos meus
olhos rolavam !
Amigo Sinval, bom poema, apesar de triste, mas bem construído. Um abraço.
ResponderExcluirOlá, amigo Dilmar Gomes !
ResponderExcluirMuito agradecido por tua opinião, e
honrosa presença. Fico feliz.
Um fraternal abraço.
Sinval.
Olá amigo,
ResponderExcluirObrigado por prestigiar o Vendedor de Ilusão enviando seu texto. Só faltou uma coisa: você seguir o blog.
Um abraço.
Olá, " Vendedor de Ilusão "!
ResponderExcluirMuito grato por tua atenção.
Já estou te seguindo, com muito
prazer.
Um fraternal abraço, amigo.
Sinval.