Era um final de tarde de primavera.
Um vento fresco, soprava da terra para o mar.
As águas do Atlântico, permaneciam calmas.
Somente o fluxo, e o refluxo da maré, mexiam
com as cristalinas areias, que aos meus pés
repousavam.
As gaivotas, em vôos rasantes, faziam-me
companhia e, vez por outra, pousavam próximas,
gargalhando estridentemente.
O vento soprava forte, levantando a areia seca
das dunas, devolvendo-as ao mar.
Encontro marcado.
Espero por aquela mulher.
A praia, completamente deserta, me permite
avistá-la ao longe.
Caminha rápido, como querendo por fim a um
pesadelo, ou tomar uma séria decisão.
Agora, pela proximidade, tenho a confirmação.
É ela.
Como sempre, bela e atraente.
O vento cola o seu leve vestido amarelo, ao
divino corpo, transferindo o restante à
imaginação do expectador.
Seus cabelos negros, longos e esvoaçantes,
quase me tocando, permitem que eu sinta o
seu perfume de rosas.
Com os olhos mareados de tristeza, e a voz
trêmula, embargada pela emoção, me disse
"adeus".
Nada mais conseguiu falar.
Num gesto de submissão, baixou os olhos
e se afastou, para sempre...
Paralisado, acompanhei a sua caminhada,
até onde meus olhos conseguiram enxergar.
E as gaivotas, que a tudo assistiram, não
param de gargalhar.
lindo texto poético...não esperava o triste adeus.
ResponderExcluirUm abraço
Oi, minha querida amiga,
ExcluirGuaraciaba Perides !
A linda mulher se foi, mas nutriu,
até onde foi possivel, meu coração
com muito amor... Sou muito grato.
Um carinhoso abraço, amiga.
Sinval.
Muy bonito, besos
ResponderExcluirOi, amiga "sofiaaurora" !
ExcluirObrigado pela doce e carinhosa
manifestação.
Um fraterno abraço.
Sinval.