Perguntei a um poeta, por que tantos versos
escreve ?
Por que não vê a vida como tantas outras
pessoas ?
Fitou-me nos olhos, e respondeu:
" Versejo para não chorar de alegria, ou de
tristeza.
Estão minhas lágrimas nas palavras esculpidas,
tomando corpo nas entre linhas, abraçadas à dor,
ou à euforia.
Sou, apenas, alguém que passou por aqui, sem
haver encontrado o que procurou.
Nem rastro deixou.
Ao fugir da vida e da morte, encontrei quem não
pretendia encontrar.
As sombras, no caminho, me assustaram, falaram
de mistérios e de coisas, que não compreendo.
Hoje, entendo, eram réplicas sem cor, grito sem
eco, gemido sem dor.
E eu, não sou ninguém.
Nem o corpo, nem a sombra.
Sou um ser que parou entre a vida e a morte.
É difícil de entender ?
Procure nas entre linhas dos meus versos.
Por isto, tanto versejo "
Diretiva
ResponderExcluirPoeta, por que tantos versos escreve?
Por que como outros essa vida não vê?
Então, rasgar pergaminhos se atreve
Pensando que tudo no mundo é você.
Respondeu a fitar-me nos olhos, atento
Para não chorar de tristeza, pois versejo
E minhas nas palavras se vão ao vento
De tal forma que nunca mais eu as vejo.
Sou aquele que por aqui passa apenas
Que, no fundo, somente fujo da morte
E minhas conquistas são tão pequenas.
Na verdade não tenho sequer um norte
E como eu pelo país existem dezenas
A fugir dos mistérios com alguma sorte.
Olá, amigo JAIRCLOPES !
ExcluirTeu comentário, em forma de poesia,
emoldura o texto de forma brilhante.
Fico muito honrado e agradecido, por
toda esta atenção.
Um fraterno abraço, com os votos de uma
Feliz Páscoa.
Sinval.
A poesia é reveladora da nossa alma. Feliz é aquele que enxerga com olhos de poeta. Parabéns pelos seus versos.
ResponderExcluirAbraço.
Ah, querida amiga, Célia Rangel !
ExcluirÉ isto mesmo.
Enxergamos tudo com olhos diferentes,
e com a alma cheia de amor.
Muito agradecido por tua visita, e doce
registro.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Às vezes apetece ao Poeta não carregar o peso das palavras sobre os ombros... Mas escreve-se para viver, para não morrer, para não esquecer...
ResponderExcluirBelo o seu poema, amigo Sinval. Um beijo e uma boa Páscoa.
Graça Pires, querida amiga !
ExcluirCorreta, a tua interpretação.
Por isto, o texto fala de " entre linhas",
não havendo necessidade de ser
explícito. Muito agradecido pela
generosa atenção.
FELIZ PÁSCOA, e um carinhoso abraço,
aqui do Brasil.
Sinval.