"Não me importo com os nomes, endereços
ou o que fazem, embora insistam em tudo
me contar.
Minha conversa é restrita, pois tento ser
artista na arte de representar.
Mas não vivo de aplausos e sorrisos...
Conto os minutos para o espetáculo
terminar.
Tenho contas a prestar.
Há dias em que enfrento filas.
outros, nem tanto.
Meu céu não tem cor, deuses ou santos.
Os castigos e milagres, sou eu mesma
quem dou.
Não há sonhos. Foram desfeitos...
Os sorrisos, também, são encomendados.
Sou uma vendedora de fantasias, com a
decoração que o cliente desejar.
Achas que tenho duas caras ?
Não !
Tenho muitas, uma para cada lugar.
Faço o amor acontecer, sem amar, do
anoitecer ao amanhecer.
Não conheces o meu mundo, moço !
O teu, sei como é. "
Dito isto, atendeu a um novo chamado e,
num caminhar elegante e apressado,
sumiu na multidão.
Esqueci de perguntar o seu nome, mas já
a vi em alguma esquina da vida...
São todas parecidas, mas diferentes criaturas, vendendo
amor com ternura, fazendo a vida acontecer
e da amargura esquecer !
Sinval Santos da Silveira
Olá Sinval um bom conto sobre a vida de quem se lança para sobrevivência nesta difícil arte pelas noites com todas suas ratoeiras.Há um encanto pela personagem que se mostra amável e bem consciente de seu destino.
ResponderExcluirMuito bom conto em corpo de poesia.
Abraços
Olá, Toninho amigo !
ExcluirTão verdadeiro quanto este conto, é
o teu comentário...
Muito grato pela atenção e pelo registro.
Um fraterno abraço.
Sinval.
Que retrato fiel de "uma vida" que dizem ser "vida fácil"... Ao que não concordo. São seres humanos que merecem todo respeito, sem nenhum preconceito. Cada um faz sua escolha.
ResponderExcluirAbraço.
Oi, Célia Rangel, querida Amiga !
ExcluirExtrai este conto de uma conversa com
a moça...
Foi muito interessante !
Fico grato por tua presença e carinhoso
registro. Um fraterno abraço, aqui do
Brasil.
Sinval.
Ah, eu acho que apesar do sorriso, elas têm vidas muito tristes.
ResponderExcluirQuerida Amiga, Ana Bailune !
ExcluirCertamente, a tristeza é a grande
companheira, pela permanente frustração
emocional e, também, social...
Muito agradecido pelo comentário.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Bom dia Sinval, seu texto/poema tem uma dose de compreensão e amor, poesia pura, pois viver é mesmo uma grande aventura, cada qual sabe de si, cada qual dá o que tem em si, o que pode, nem sempre por escolhas, mas por muitas razões em que nada e nem ninguém pode julgar.
ResponderExcluirSua sensibilidade captou a alma de quem é mesmo muito taxada pela sociedade, mas que há dignidade em tudo, quem vende o corpo vende o que é seu, compram os que estão piores, sofrendo terrivelmente de dores, no caso, a triste solidão!
Abraços apertados e obrigada pelo carinho da visita e comentário lá em um dos meus espaços!
Oi, querida Amiga, Ivone !
ExcluirComo és atenciosa !
O teu comentário é simplesmente
verdadeiro. É desta forma que as
vejo.
Quanto ao teu blog, É LINDO !
Parabéns e muito grato, com o meu
carinhoso abraço.
Sinval.
Sinval
ResponderExcluirem forma de conto/poema expôs de uma forma subtil os amores comprados/vendidos de alguém que se diz da "vida fácil" que eu ate acho que nem será, mas sim uma vida cheias de amargura e não só.
admiro muito como consegue dizer tanto numa poesia escorreita e fácil de entender.
meus parabéns meu amigo
bom fim de semana.
beijinhos
:)
Querida Amiga, Piedade Araújo Sol !
ExcluirComo te admiro e ao teu blog, também !
Fico muito agradecido pelo teu incentivo,
generosidade e destacada atenção.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil, e uma
feliz semana !
Sinval.
Um poema cheio de compreensão pela realidade humana! Gostei muito meu Amigo Sinval. Que tenha uma boa semana.
ResponderExcluirUm beijo daqui de Portugal.
Minha querida e especial Amiga, Graça Pires !
ExcluirSempre fico grato e emocionado com tua nobre
presença.
Desejo que tenhas uma feliz semana, junto aos
teus amores !
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Belíssima imagem, amigo!
ResponderExcluirE belos versos também!
Ela, à alma faz bem
E os versos ficam comigo
Juntos d'alma e os bendigo
Pela beleza que os têm,
Pois deles o belo vem
Como se um deleite antigo
Que sinto desde criança
Ser a poesia herança
Deixada por meu avô
Materno, cuja lembrança
Quanto mais o tempo avança
Ele é o mais forte pivô.
Parabéns pela bela imagem e os belíssimos versos prosados, Sinval! O tema é milenar - elas sempre existiram e cada vez menos parecem que as são. Parabéns! Grande abraço. Laerte.
Distinto Poeta, "Silo Lírico" !
ExcluirReceber tão nobre manifestação,
é chancelar meus modestos dizeres,
por um escritor tão competente !
Fico gratíssimo e desejo que tenhas
uma ótima semana, junto aos teus
amores.
Sinval.
Uma prosa poética fantástica, real e extremamente triste. Vida fácil? Não, a mais difícil vida, suponho. Você contou com classe, com compaixão, deu para perceber já no começo!
ResponderExcluirMuito bom, querido poeta! É, entrou a parte poética e amenizou...Acho que foi esse um dos mais lindos, verdadeiros que li aqui.Digo lindo pela delicadeza da narrativa.
Beijo, amigo.
Amiga e vizinha, Escritora Taís Luso !
ResponderExcluirFiquei sem fala ao ler o teu generoso comentário.
Tu, também, és dotada de um sensibilidade ímpar.
São pessoas merecedoras de todo o meu respeito...
Muitíssimo grato pela especial atenção, um fraterno
abraço e uma ótima semana !
Sinval.
e
Com grande sensibilidade você faz o retrato dessa vida sofrida que muitos chamam de vida fácil.
ResponderExcluirGrande abraço.
Amiga querida, Sônia Brandão !
ExcluirSão merecedoras do meu respeito,
por várias razões.
Muito grato por tua atenção e pelo
generoso comentário.
Adorei o teu blog " pássaro impossível".
Um carinhoso abraço.
Sinval.