Os ponteiros do relógio assinalavam
22,00 h...
Encontrava-me confortavelmente sentado,
divagando os pensamentos sobre o dia que passou.
Noite quente de verão, abafada, sem vento...
Desviei o olhar para o lado, lá estava uma
barata, devorando alguma migalha de
alimento, perdida pelo chão.
Como quase todo mundo, tenho pavor deste
inseto.
Condenei-a à morte, sem julgamento, apenas
por preconceito.
Sem fazer movimento brusco, fui à despensa,
peguei uma vassoura e, com a habilidade de
um caçador, apliquei-lhe uma tremenda vassourada.
Inexplicavelmente, saiu viva daquela ptimeira
"tentativa de homicídio" .
Correu em direção ao roda-pé, para se
esconder.
Apliquei mais quatro golpes de " taekwondo ".
Quebrei o cabo da vassoura e ela fugiu,
embrenhando-se num esconderijo.
Desisti.
Passados uns trinta minutos, surge, novamente,
a infeliz.
Desta vez, caminhando trôpega e com uma
das asas avariada.
Parou a minha frente, por alguns segundos,
olhou-me com desprezo, magoada, e seguiu
seu caminho.
Fiquei paralisado de remorso...
Como se não houvesse me ferido o suficiente,
minutos depois retornou e veio falecer aos
meus pés, como me presenteando
com a sua morte, parecendo falar:
" Estás satisfeito, agora ?
Qual o mal que te causei ? "
Fui dormir com a consciência arrasada.
Que lição terrível, aquela barata me deu.
SINVAL SILVEIRA
Gostei muito desta história da barata. Coitada, ela não podia fazer-lhe mal... Confesso que também não gosto delas. Adorei a imagem.
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Sinval.
Um grande beijo daqui de Portugal.
Minha Mestra/Poetisa, Graça Pires !
ResponderExcluirMostrou-me, aquele inseto, que não
tenho temperamento agressivo-radical.
Que todos temos direito à vida e que o
reino animal é um só...
Muito grato pela costumeira e carinhosa
atenção, querida !
Uma ótima semana e um doce beijo, aqui
do meu Brasil.
Sinval.
Mentalmente... uma barata que ficou ... cara.
ResponderExcluir.
Poema: "" Luar e o amor ... Incoerência em harmonia perfeita. ""
.
Abraço de amizade
Amigo, Ricardo-águialivre, boa tarde !
ExcluirNão havia pensado nesse trocadilho.
Verdadeiro. Muito obrigado pelo
inteligente comentário.
Um fraterno abraço. e uma ótima semana.
Sinval.
rsrsrs, eu não acredito que você ficou com a consciência pesada, meu amigo!! Parece meu marido quando, na porta do apartamento, vi uma barata enorme, e fui matá-la! Fui pega pelo braço com a seguinte frase:
ResponderExcluir- deixa a pobrezinha viver!
Não acreditei no que ouvi!
Será que isso é coisa dos homens? Nós, mulheres, fazemos uma guerra!
Mas de qualquer modo, adorei essa sua história, é hilária, amigo Sinval!!
Uma boa semana, e cure o remorso...
Beijo!
Amigo Sinval, deixei um comentário para a dona Barata, faz 2 dias! Deve estar nas configurações, por dentro do blog!
ResponderExcluirBeijo, amigo, adorei essa historia da barata! Dê uma procurada no comentário...
Vizinha Escritora, Taís Luso, bom dia !
ResponderExcluirO comentário foi encontrado e, agora, postado.
O Pedro acertou em não matar aquela barata.
O olhar, da que matei, não me sai da cabeça...
Muito grato pelo carinho da atenção, querida.
Uma ótima semana e um fraterno abraço.
Sinval.
Tio Sinval, vou mostrar essa publicação para a Sarah. Ela agora vai me entender o porquê não mato mais barata. Abraço.
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