Não suportando mais a saudade, serrei as grades da solidão...
Com os lençóis. teci uma " Tereza ", e desci os paredões do confinamento.
Fui visitar a casa de Deus.
Encontrei seu Filho amado, numa urna de vidro sepultado.
Reconheceu-me e perdoou meus peados...
Chorei, emocionado !
Então, com minh' alma limpa, dirigi-me ao GRUPO DE POETAS
DA TRINDADE ...
Reunião lotada, gente inteligente e animada !
No palco, a Mestra de Cerimônias, com sua elegância e
simpatia, a todos recebia, valorizando a Arte da Poesia, sem
esquecer a dança, a música e a cantoria !
Que sabedoria !
Na plateia, somente alegria, pois cada Artista sabia que, no
momento certo, ao palco subiria, para sua Arte brilhar !
No final, entre as lágrimas da emoção, a fotografia registrava,
até mesmo, a batida e o sorriso do coração !
Da saudade, agora aliviado, retornei ao aconchego deste quarto.
Abraçado ao travesseiro das lembranças, ouço as músicas, as cantorias e vejo as danças !
Relembro as histórias, contadas com tanto carinho, e as poesias,
declamadas com profundo amor !
E, novamente, sou seduzido por uma profunda saudade !
Sinval Silveira
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"CORAÇÂO TAGARELA" ... Uma maneira maravilhosa de dividir com amigos e familia minhas mais doces emoções poeticas....
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Poema: FUGINDO DA SOLIDÃO
sábado, 11 de abril de 2020
Conto Poético; CONFINAMENTO COM LIBERDADE
Isolado pelas paredes do meu refúgio, realizei uma
bela viagem no tempo.
Reencontrei um menino, cheio de sonhos, vestido de
azul e branco, atento e obediente à sineta barulhenta
da sua "Escola Pública".
Corria, levando nas mãos sua pasta cheia de livros e,
no coração, sonhos coloridos !
Nos bolsos, bolinhas de vidro, à espera do recreio...
Ainda ouço o seu tilintar frenético, parecendo falar
coisas que, hoje, posso decifrar.
" Menino, o tempo passará, tão ligeiro que nem perceberás...
Um dia, voltarás a este lugar, tentando ouvir, novamente,
aquela sineta que interrompia teu jogo de bolinhas de vidro.
Entrarás, ansioso de saudade, para rever a mesma salinha
de aula, os colegas e aquela querida Professora !
Não estarão mais lá... "
Deixa-me, então, confinado neste lugar !
Sinval Silveira
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Poema: GUERREIROS DE BRANCO
De fardamento branco, sem trincheira ou granada, lutas
nos dias e nas madrugadas, querendo a vida alheia salvar,
Não te importas com a tua.
Nem mesmo a máscara consegue, com segurança,
te salvar da peste, que campeia o mundo e este lugar.
Impiedoso inimigo, está aqui, ali e acolá.
Não fala, não grita, não veste farda, é incolor.
Causa dor, morte e pavor...
Novo ou velho, rico ou pobre, não pode facilitar.
Fazer a casa de trincheira, lavar as mãos com água e
sabão, é o jeito de se livrar deste "bicho papão".
E ao deitar, não esquecer de orar, pedindo a Deus
para livrar os "Guerreiros de Branco" das garras do
vilão !
Sinval Santos da Silveira.
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