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sábado, 11 de abril de 2020

Conto Poético; CONFINAMENTO COM LIBERDADE



Isolado  pelas  paredes do meu refúgio, realizei uma
bela viagem no tempo.
Reencontrei um menino, cheio de sonhos, vestido de
azul e branco, atento e obediente à sineta barulhenta
da sua "Escola  Pública".
Corria, levando  nas mãos sua pasta  cheia de livros e,
no coração, sonhos coloridos !
Nos bolsos, bolinhas de vidro,  à espera do recreio...
Ainda ouço o seu tilintar frenético, parecendo falar 
coisas que, hoje, posso decifrar.
" Menino, o tempo passará,  tão ligeiro  que nem  perceberás...
Um dia,  voltarás a este  lugar, tentando ouvir, novamente,
aquela  sineta que interrompia teu jogo de bolinhas de vidro.
Entrarás, ansioso de saudade, para rever a  mesma salinha  
de  aula,  os colegas e aquela querida  Professora !
Não estarão  mais lá... "
Deixa-me, então, confinado neste lugar !

Sinval Silveira

6 comentários:

  1. Meu Amigo Sinval, como foi bonito este seu regresso à infância, ao tempo de todas as inocências, ao tempo sem cuidados. Como gostei do menino vestido de azul e branco. Até me pareceu ouvir o tilintar das bolinhas de vidro…
    Desejo que tenha tido uma Páscoa tranquila.
    Uma boa semana.
    Um beijo, daqui, de Portugal.

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  2. Querida Mestra, Escritora/Poetisa Graça Pires !
    Tenho uma saudade imensa daquele menino...
    Tudo era magia !
    Muito obrigado pelo compreensivo comentário.
    Minha Páscoa foi ótima, embora confinado, por
    precaução, em minha casa. Espero que a tua,
    também, haja sido ótima !
    Uma linda semana e um carinhoso abraço, aqui
    do Brasil !
    Sinval.

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  3. Que linda lembrança...rememorei passagens ,inclusive as bolinhas de gude que para mim eram objeto de desejo,uma vez que só os meninos possuíam(rs) Uma vez consegui ganhar uma de meu primo que possuía uma porção delas....ganhei uma azul mesclada de branco que eu intuía parecer o globo terrestre.
    Um abraço

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  4. Querida Socióloga / Poetisa, Guaraciaba Perides !
    Tenho lembranças imortais, daquela época áurea...
    Como eu era feliz, meu Deus !
    Obrigado pelo registro, Amiga.
    Um fraternal abraço e uma ótima semana !
    Sinval.

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  5. Que lindo, meu amigo Sinval, sem dúvida temos muito tempo para pensar, para sentir saudades, para viajarmos no tempo. Agora não podemos nos queixar de pouco tempo!
    Beijo, querido poeta, cuide-se.

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  6. Querida Vizinha / Escritora, Taís Luso !
    Sim, Amiga, temos tanto tempo que estamos
    lutando contra um sentimento da inutilidade.
    Veja,só, que paradoxo...
    Grato pela carinhosa atenção e um fraternal
    abraço.
    Sinval.

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