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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conto poético: A BABÁ

Que Profissão linda, a de se doar em carinho, e
envolvente amor, a um filho que não é o seu !
Zela pela higiene, alimentação, atenção e, às vezes,
até pela educação.
Não raro se constata, por força da convivência, ser
mais forte o amor entre estes dois seres, do que
com os pais, nem sempre presentes.
A babá AIA, uma negra, filha de escravos, analfabeta,
viveu e trabalhou com uma família tradicional desta Capital,
por mais de cinquenta anos.
Foi uma babá dedicada aos seis filhos do casal, além
dos afazeres da casa.
Ela, mesma, nunca se olhou. Só tinha olhos voltados
para aquelas crianças, que a chamavam de " mãe Aia".
Dedicação, em tempo integral.
Finalmente, todos muito bem criados e, certamente por ela,
educados.
Todos homens, formados e honrados.
Tive a oportunidade de relembrar o passado, com um dos
filhos, por ela cuidado.
Referiu-se àquela mulher, com os olhos mareados, e a voz
embargada.
Não mais a trata de "mãe Aia ", mas, sim, de "minha santa
Aia ".
Não conseguiu prosseguir a conversa.
Pura gratidão, e profunda emoção..

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