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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conto poético: CARICO

Um saudoso personagem desta Ilha.
Homem de estatura pequena, negro, possivelmente
filho de ex-escravo.
Dotado de um coração bondoso, afável, sorridente.
Extremamente trabalhador.
Pintor de paredes, vivia sempre respingado de tinta,
contrastando com a sua pele negra.
Hoje me lembra uma obra de arte viva...
Após um dia de intenso trabalho, subia o Morro do
Céu, onde residia, banhava-se, trocava de roupas,
apanhava um balaio cheio de gostosos pastéis,
quentinhos, cheirosos e bem acondicionados,
cobertos por uma toalha branquinha, por sua
velha esposa preparados, e lá ia ele.
Já tinha freguesia garantida.
Com ou sem pimenta, era uma delícia, o " pastel
do Carico ".
Rapidinho, vendia todos.
Mas, tão bom quanto os pastéis, era a sua doce
presença.
Sempre tinha novidades para contar.
Que saudade daquele pastel, e do Carico...
Coisas desta Ilha maravilhosa !

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