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sábado, 1 de outubro de 2011

A FEITICEIRA DA FIGUEIRA

Leste da Ilha, luz elétrica não existia.
Somente a lamparina, irmã da pomboca, ao tempo
ainda resistia.
Os caminhos escuros, as casas na penumbra, nem
banheiro existia. De pinico de barro, a família se
servia.
Água na torneira, nem notícia se tinha. Era pura
fantasia. Ninguém conhecia.
O povo, da bica d'água, se servia.
Os vagalumes cruzavam os céus, num espetáculo
de luzes, inspirando os apaixonados a comporem
músicas, em homenagem aos seus amores.
A imaginação, solta que nem vento nas campinas,
criava histórias de fantasmas, para assustar as
belas meninas.
Na velha figueira, morava uma malvada feiticeira,
sempre pronta a atacar, quem os seus limites
invadia.
Gargalhava alto, atacava o pescador, chupava
o sangue do animal, e rogava praga para o vizinho.
Os mais velhos, juravam que existia, e que não era
fantasia.
A figueira ainda existe, e em noite de luar, se
assiste a gaivota, em seus galhos pousar e gritar,
parecendo gargalhar...

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