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domingo, 2 de outubro de 2011

FELICIDADE DE PEÀO

Uma Campanha tão grande, que parecia no céu
encostar.
Lindeiro não se avistava. O minuano corria solto,
sem notícias trazer de lá.
A flexilha era tão alta, que até o gado quase
escondia.
O boiadeiro solitário, cuidava os bois, e com a
viola, saudosamente, conversava.
Cantava belas milongas, parecendo desabafar.
Olhava fotografias da bela rapariga, que deixou
por lá.
Chorava e sorria, com vontade de tudo largar
e, para os braços dela, retornar.
Até o boi mugia, parecendo lhe apoiar.
O seu fiel cavalo, pingo de ouro, impaciente
relinxava, convidando a cavalgar.
Acompanhado do seu fiel chiru, enfrentou
o cruel minuano, durante toda a noite, protegido
pelo surrado poncho.
chegando a sua querência, a querida prenda,
arrumadinha com um vestido de chita, cabelos
negros, soltos nos ombros, e uma franjinha na
testa, repleta de emoção, abraçou o seu coração
de peão, confessando coisas tão bonitas, que o
chiru nem compreendeu ...

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