meus sentimentos, angustia minh'alma.
Este vento gelado, que desrespeita o meu cansaço,
vem dela me falar.
Vejo bater a minha porta, impaciente, querendo
entrar.
Escuto o lamento das folhas secas, na calçada a
rolar, sem vida, parecendo a morte anunciar,
deixando triste este lugar.
Pela vidraça, vejo as árvores se debatendo, parecendo
com o vento conversar.
Estão despidas, sem folhas, sem frutos e sem flores.
Parecem zumbís, vagando sem destino.
A dor está presente.
Lembram o meu sofrimento, a perda de um grande
amor.
Fico abraçado às amargas lembranças, de quem
outro rumo tomou.
Nada restou.
Nada representou... nem mesmo as lágrimas, e as
juras de amor.
Tento, em vão, vê-la no infinito, mas só permanece
o cruel vazio da ausência.
Até as flores me abandonaram, e o perfume se
mudou.
Mas a saudade, minha fiel companheira, comigo
ficou, prometendo ir embora, somente quando chegar
um novo amor.
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