Na madrugada gelada, ouço o grito do mar,
parecendo comigo brigar, ou trazendo recado
de alguém, com saudade deste lugar.
O sono me abandona, e sinto medo das águas.
Estão revoltadas, esmurrando os costões.
Abro os olhos, e me assusto com um vulto na
penumbra.
Está com medo, como eu.
Não tenho forças para lhe indagar.
Parece-me conhecido de algum lugar...
Até sua veste me é familiar.
Diz saber tudo a meu respeito, aponta os
meus defeitos, fala das minhas virtudes,
com a proximidade de quem muito me
conhece.
Momentos de ironia, senti em seu falar.
Envergonhado, nada lhe respondo.
Sabe o que está dizendo.
Fala dos meus amores, cita nomes, revela
segredos que somente eu conhecia.
Lembra-me de fatos distantes no tempo, que eu
já havia esquecido.
Aumenta o meu medo...
Advertiu-me, num tom de voz protetora e amiga !
Penso, até mesmo, tratar-se de um " espírito
guardião".
Por algum tempo, fiquei confuso.
Ah, este espelho !
Muito criativo! Gostei do estilo deste conto.
ResponderExcluirBoa tarde!
ExcluirOi, querida amiga, Ana Bailune !
Fico muito agradecido por tua presença,
e carinhoso comentário.
Um fraternal abraço de boa noite !
Sinval.
Adorei este poema...Também tenho um espelho igual.Teremos comprado na mesma loja? E não vale a pena fugir...Se é anjo ou não, ele sabe tudo de nós!
ResponderExcluirBeijo e bom ano,
Graça
Oi, amiga Graça Pereira !
ExcluirFico muito feliz por chegares até meu texto,
manifestando um carinhoso comentário.
Quem sabe, da procedência...
Um feliz ano novo, querida, e um fraterno
abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Será o espelho ou o anjo da guarda? Cheio de imaginação o poema, amigo, Sinval. Gostei mesmo.
ResponderExcluirUm beijo.
Ah, amiga Graça Pires !
ExcluirQuem me dera poder distinguir uma coisa da outra !
Mistérios...
Muito grato, querida. Retribuo a sempre honrosa
presença, enviando um carinhoso abraço, aqui do
Brasil.
Sinval.