Cinco pombos em meu telhado...
De outras plagas chegaram, famintos e
cansados.
Eram lindos !
Revoavam por sobre as casas vizinhas,
mas foi da minha que se encantaram.
Desciam ao terreiro para se alimentar,
brincar de roda e cantar.
Pareciam crianças a bailar !
Eram, para mim, uma Divina terapia, a
inocência que desceu do Céu.
Foram bem vindos em minha casa.
Catavam migalhas na cozinha e voavam
felizes, como se fosse o seu pombal.
Tudo terminou, tão rapidamente quanto
começou.
Chegaram os boatos de doenças,
parasitos, vírus e tudo mais.
Hora da partida, infernal degredo distante
daqui.
As armadilhas, impiedosas, funcionaram...
Três deles foram transferidos para muito
longe deste lugar.
Dois, se negaram a partir...
Muitos dias após, o líder retornou e, desconfiado, não
mais se aproximou de
mim.
Veio buscar os dois pombinhos.
Fiquei envergonhado, triste e encabulado.
Agora, estão alegrando outros telhados...
Pena os pombos não voltarem ao seu telhado...
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo aqui de Portugal, meu Amigo Sinval.
Querida Poetisa, Graça Pires !
ExcluirForam embora e levaram, também,
o meu coração.
Muito grato, Amiga, e um fraternal
abraço, aqui do Brasil !
Sinval.