Corrente d´água agitada...
De onde vieste ?
Sei, já foste grande, um dia !
Hoje és um seixo, talvez cansado de tanto rolar.
Grande, não chegarás ao teu destino.
És pesado, a água não te levará.
Cambaleante, mudas de lugar a todo instante,
querendo o mar alcançar.
Persistente, ontem estavas lá.
Hoje, aqui, em minhas mãos.
Lindo, lapidado ao longo dos anos, te comparo
aos desenganos que a vida nos traz.
Já foste, quem sabe, uma montanha que ao
mar deseja chegar, na forma de um pequenino
grão de areia.
Ninguém te reconhecerá, nem saberá do teu
sofrimento, nas correntes das águas frias,
querendo um abraço da onda do mar.
Sinval Silveira
Metáforas prodigiosas você elencou em seu tocante poema! Destaco:
ResponderExcluir... "Lindo, lapidado ao longo dos anos, te comparo
aos desenganos que a vida nos traz"...
Querida Amiga/ Poetisa, Cédlia Rangel !
ExcluirTeus comentários me emocionam, pela percepção
do que está oculto.
Muito agradecido. Um caloroso abraço, aqui do
Brasil !
Sinval.
Que bonito, meu amigo Sinval! As águas rolam, modificam-se, serão outras. Sempre. E de onde vêm, que percurso fizeram, que trabalho tiveram para chegarem ao seus destinos? Tudo é mistério.
ResponderExcluirUm bom final de semana!
Beijo!
Querida Vizinha/Escritora, Taís Luso !
ExcluirPor vezes, a persistência da mutação, pode
levar milhares de anos...
Merece um destaque, sim. Muito agradecido
pela generosidade do comentário.
Um carinhoso abraço e um ótimo final de
semana.
Sinval.
Um poema muito belo, aliado a uma fotografia muito inspiradora. O seixo rolado faz muito caminho para chegar ao mar. E nem sempre acontece porque a Natureza é tão imprevisível… Faz lembrar a nossa vida, meu Amigo Sinval.
ResponderExcluirUmas boa semana.
Um beijo, daqui de Portugal.
Querida Mestra Escritora/Poetisa,
ExcluirGRAÇA PIRES !
Verdade. Nem sempre o seixo consegue chegar
ao seu destino, assim como nós...
Mas tenta, desesperadamente.
Muito agradecido pelo carinho do comentário.
Um fraternal abraço, aqui do Brasil !
Sinval.