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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Poema: AS CHAGAS SÃO TESTEMUNHAS


Precisando de afeto, procurei  aquelas  
mãos.
Estavam ocupadas, com outras mãos...
As minhas  permaneceram vazias e 
sem calor.
Estão ásperas, secas e frias, de tanto
remover barreiras, à procura de um amor.
São induzidas por meus olhos, iludidos
pelo  ingênuo  coração.
Garimpam  nos espinhos, ferem a alma,
arrastam-se nos caminhos.
As lágrimas molham as páginas tristes da 
minha história, sem vitórias, apagando o 
pouco que restou.
Na solidão das minhas  noites, a saudade
se arma da  soiteira e, sem piedade, bate
até o amanhecer.
Somente  o  gemido da  tortura infinita, não 
se  rende à dor.
As chagas são testemunhas,  das minhas noites 
de horror...
Sinval Silveira






6 comentários:

  1. Um poema lírico tecido pelas angustias de um ser vivente...
    Abraço.

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    1. Querida Poetisa, Célia Rangel !
      Muito grato pelo generoso registro.
      Um feliz final de semana e um fraterno
      abraço.
      Sinval.

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  2. Sinval, ,meu Amigo, que poema magoado! Às vezes as nossas mãos ficam vazias de carinho e frias de tanta espera…Gostei do poema.
    Uma boa semana.
    Um beijo daqui de Portugal.

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    Respostas
    1. Querida Mestra/Poetisa, Graça Pires !
      Uma triste Verdade, Amiga.
      Muito grato pela costumeira e honrosa
      atenção. Um feliz final de semana e
      um fraternal abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  3. a solidão cruel faz mal ao coração...somos todos sós na multidão e na condição humana.
    um abraço

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  4. Querida Socióloga/Poetisa, Guaraciaba Perides !
    É uma grande verdade...
    A solidão é um cruel veneno, lento e perverso.
    Muito obrigado pelo generoso registro.
    Um feliz final de semana e um fraternal abraço,
    Amiga.
    Sinval.

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