Pôs-se a olhar a terra em que viveu.
Percorreu, pela derradeira vez, as vielas em que
brincou.
Fitou, como quem fita um santo, cada portal e
ventana das casas que conheceu.
As árvores pareciam lhe dizer Adeus e as flores,
mesmo fora da estação, exalaram perfumes.
Os passarinhos gorjearam as notas que apreciava,
e o rio paralisou as corredeiras, em sua homenagem.
Tudo em clima de despedida.
Já no trem, ouviu, pela última vez, o tagarelar de
um pequeno sino, avisando que chegara a hora da
partida... e partiu.
Tudo ficou para trás.
Somente o desejo de retornar, viajou com aquele
menino.
Com os olhos rasos d´água, balbuciou palavras,
ditadas por um sentimento de profunda dor.
"Até... não sei quando".
E, em cada letra da despedida, uma lágrima nos
trilhos rolou.
Sinval silveira
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Um lindo poema de adeus...a partida é aquela que parte o coração...a imagem bem significativa faz entrever apesar de tudo um brilhozinho de esperança...a vida se renova a cada instante.
ResponderExcluirUm abraço
Querida Socióloga/Poetisa, Guaraciaba Perides !
ExcluirFoi uma dor, muito intensa, Amiga.
Só passou quando retornei...
Muito grato perla atenção, um fraterno abraço
e uma ótima semana.
Sinval.
Comovente e muito belo, este seu poema, meu Amigo Sinval. Dizer adeus aquilo que gostamos custa tanto…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo, daqui, de Portugal.
Realmente, querida Mestra, Graça Pires !
ExcluirChega traumatizar... Foi um longo e
interminável período, até retornar.
Muito agradecido e um fraternal abraço,
aqui do Brasil. Uma feliz semana !
Sinval.