" Estou ardendo em chamas".
As vidas, que agasalho, em pânico pedem socorro.
Ninguém escuta meu grito.
Nem o eco responde.
O fogo não sabe a extensão do meu sofrimento.
Tento te avisar, com sinais de densa fumaça, mas
não acreditas.
O mundo precisa de mim.
Os reinos precisam de mim !
O tuiuiu abandonou seu ninho e as plantas viraram
cinzas.
Parece que o inferno se mudou para cá.
Quero pedir socorro a Deus, mas não enxergo o Céu.
Na Terra, ninguém me escuta.
O beija -flor leva água no biquinho, mas a fogueira
é grande demais.
Os rios tentam, em vão, sair do leito, para afogar o
dragão.
A chuva parece temer o foco, caindo distante daqui.
Meu desespero é grande...
Até a rima destes versos, como Joana D´Arc, foi
queimada na fogueira. "
Sinval Silveira
Meu querido Amigo Sinval, este poema é muito comovente. Todos nós sentimos que o fogo da Amazónia está a arder na nossa alma como se tivessem pegado fogo à nossa casa… Oxalá esse fogo acabe bem depressa.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo daqui de Portugal.
Querida Mestra, Graça Pires !
ExcluirMuito grato pela solidariedade.
A dor do meu Povo é imensa, não obstante
todas as providências que estão sendo
tomadas, para debelar esta tragédia.
Uma feliz semana e um fraternal abraço,
aqui do Brasil !
Sinval.
Querido poeta amigo, que belo poema, sim, a Amazônia grita, vem em lágrimas pedindo compaixão, porém essas 'queimadas' vem de anos, agora que estão fazendo o estardalhaço (antes não aparecia nada), mas nota-se há muito o olho grande de fora...Há muita riqueza na Amazônia...Mas acho que nem as queimas para novo plantio no país deveria ser permitido.
ResponderExcluirBeijo, uma boa semana!
Oi, Vizinha Escritora, Taís Luso !
ResponderExcluirEsta situação é por demais séria.
Abala o povo brasileiro, por excelência,
e, no geral, os povos de todo o planeta.
Misturam-se política com interesses outros,
resultando no que se ve: um terrível
descontentamento mundial.
Obrigado, querida amiga, e um fraternal
abraço, com uma feliz semana !
Sinval.
Oi, Sinval, mais que um grito de alerta, um lamento pela finitude dos bens que foram colocados à disposição da Vida....pela ignorância e cupidez humana,pela displicência à terra devastada, a Terra se rebela e os inocentes pagam pelos pecadores.
ResponderExcluirUm abraço
Querida Socióloga / Poetisa, Guaraciaba Perides !
ExcluirA dor é imensa.
A vergonha, perante o mundo, também.
Posso entender o teu desabafo, pois é,
igualmente, o meu.
Muito grato pela atenção e um fraternal
abraço, Amiga.
Uma feliz semana.
Sinval.
A Poesia de Intervenção tem aqui toda a propriedade.
ResponderExcluirImporta alertar para os problemas comuns, embora possam parecer distantes. A dimensão não é comparável, mas esse inferno vai grassando por cá também.
As "autoridades" só o são quando há eleições e apenas nesse período. Depois deixam de ver-se. É!...
Abraço
SOL
Digno Poeta, "Sol da Eteva" !
ResponderExcluirMuito obrigado pela solidariedade.
O sentimento do nosso povo é de
profunda tristeza...
As perdas, dos reinos animal e vegetal,
são incalculáveis.
Uma ótima semana e um fraternal abraço,
aqui do Brasil !
Sinval.