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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Conto Poético: Reverência ao vício

 



Houve uma época  que os  pobres  procuravam 
restos de cigarros, jogados nas  sarjetas  das  vias 
públicas.
Gritos de alegria, por encontrar  uma bituca, xepa  
ou  bagaça, quando  fumada, somente, até  a metade. 
Junta-la do chão, parecia um gesto de  " reverência ".
Os ricos faziam isso, Jogando fora o cigarro, quase
inteiro, por exibicionismo perante os necessitados, 
numa demonstração de riqueza.
Diziam, ainda:  
" Vai trabalhar para sustentar o teu vício, malandro ".
Quanta humilhação...
Ambos chegaram a um denominador comum:
CÂNCER  DE  PULMÃO ...
Não sei onde se encontra a poesia deste Conto, mas
consigo enxergar a miséria e a ignorância, de braços
dados...

Sinval Santos da Silveira.

                              

2 comentários:

  1. Triste e cheio de sensibilidade, este seu texto. É a vida ingrata de quem nada tem a não ser os restos dos outros.
    Desejo-lhe uma Páscoa de amor, paz e saúde.
    Um beijo, daqui, de Portugal.

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  2. Olá, meu amigo e poeta Sinval!
    Infelizmente, quem é pobre usa, come, bebe o resto dos outros, dos que mais têm.
    Quem fuma muito, tem um passaporte quase certo para o câncer de pulmão.
    Beijinhos e espero que tenha tido uma Páscoa feliz em família.

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