Pirilampo, vaga-lume esperto, não para de
piscar.
Solitário, não recarrega sua bateria, com medo
de apagar !
Com seu foco intermitente, me ajuda, na escuridão,
enxergar.
Tira-me das trevas, me salva do abismo, me
inspira fazer versos e cantigas, para conquistar
as lindas meninas deste lugar !
Briga com a luz do luar e com as águas prateadas
da lagoa, que roubam o suspiro e o olhar dos
amantes sonhadores !
Há quem diga que és pedaço das estrelas, ou
bilhetes recadeiros, caídos lá do Céu !
Ah... Poeta, meu amigo teimoso e inocente, jura
insistente que tu, pirilampo vaga-lume, és o olhar
ciumento daquele amor que foi embora, querendo,
agora, me vigiar !
Sinval Silveira |