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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Conto poético: PURUS





A quilha que singrava  o  Purus, rasgava 
as  misteriosas águas  do meu Amazonas.
Gemidos surgiram das  profundezas do leito, como
 a  pedir por socorro.
Debruçado no  convés,  pus-me a conversar
 com o menino
 que, há muito tempo, havia me abandonado
 ou, quem sabe, ignorado.
Caminhava sobre  as águas, sorridente e
travesso.
Fui  dominado pela saudade...
Acompanhou o trajeto, fez barquinho
 de papel, navegando
 nas corredeiras, como nas antigas 
brincadeiras, e pos-se a 
viajar no tempo.
Olhou-me com  ternura e cumprimentou
  os ribeirinhos, na 
barranca do rio.
Assistiu  a  revoada  das araras azuis e apreciou
 o espetáculo  da piracema.
Alegres indígenas,  também,  chamaram a 
sua atenção.
O mundo fantástico da Amazônia  Brasileira,
precisou ser visto pelos olhos de um menino
que,  arteiro, misturou as águas do Purus, às 
lágrimas dos 
meus olhos, numa  amorosa
 brincadeira !

Sinval Santos da Silveira


8 comentários:

  1. Muito bonito ,Sinval, o poema e o resgate das mais puras lembranças da infância.
    Um abraço

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  2. Querida Amiga, Guaraciaba Perides !
    Muito grato por teu generoso registro,
    deixando o meu domingo mais iluminado !
    Um carinhoso e sincero abraço.
    Sinval.

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  3. Saudades da infância, meu querido amigo Sinval. Seus olhos voltaram à inocência com este belo poema.
    Uma boa semana.
    Um beijo daqui, de Portugal.

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    Respostas
    1. Amiga querida, Graça Pires !
      Teu registro exprime os meus
      sentimentos, deixando-me muito
      feliz !
      Muto grato.
      Agora, aceita o meu carinhoso
      abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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  4. Ah, nossas lembranças! As que calam mais fundo são as da infância. Às vezes tenho a sensação que não são minhas!

    O mundo fantástico da Amazônia Brasileira,
    precisou ser visto pelos olhos de um menino
    que, arteiro, misturou as águas do Purus, às
    lágrimas dos
    meus olhos, numa amorosa
    brincadeira !


    Beijo querido amigo Sinval.

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    Respostas
    1. Taís Luso, Vizinha querida !
      Muito agradecido pelo realce dado
      ao meu modesto texto.
      Fico, realmente, feliz !
      Um ótimo final de semana, com o meu
      fraterno abraço.
      Sinval.

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  5. Emocionante poema! Na natureza sentimos a presença eterna de Deus e a fragilidade do ser humano. E nos barquinhos de papel lembrei de minha infância, quando brincava no riozinho da avenida Hercilio Luz.

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  6. Oi, Valéria Adriano Andrade!
    Fico muito agradecido por tua
    generosa manifestação !
    Perdão pelo atraso na resposta...
    Um fraterno abraço.
    Sinval.

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