A quilha que singrava  o  Purus, rasgava 
as  misteriosas águas  do meu Amazonas.
Gemidos surgiram das  profundezas do leito, como
 a  pedir por socorro.
Debruçado no  convés,  pus-me a conversar
com o menino
com o menino
 que, há muito tempo, havia me abandonado
ou, quem sabe, ignorado.
ou, quem sabe, ignorado.
Caminhava sobre  as águas, sorridente e
travesso.
Fui  dominado pela saudade...
Acompanhou o trajeto, fez barquinho
de papel, navegando
de papel, navegando
 nas 
corredeiras, como nas antigas 
brincadeiras, e pos-se a
brincadeiras, e pos-se a
viajar no tempo.
Olhou-me com  ternura e cumprimentou
os ribeirinhos, na
os ribeirinhos, na
barranca do rio.
Assistiu  a  revoada  das araras azuis e apreciou
 o espetáculo  da piracema.
Alegres indígenas,  também,  chamaram a 
sua atenção.
O mundo fantástico da Amazônia  Brasileira,
precisou ser visto pelos olhos de um menino
que,  arteiro, misturou as águas do Purus, às 
lágrimas dos 
meus olhos, numa  amorosa
 brincadeira !
Sinval Santos da Silveira
Sinval Santos da Silveira

Muito bonito ,Sinval, o poema e o resgate das mais puras lembranças da infância.
ResponderExcluirUm abraço
Querida Amiga, Guaraciaba Perides !
ResponderExcluirMuito grato por teu generoso registro,
deixando o meu domingo mais iluminado !
Um carinhoso e sincero abraço.
Sinval.
Saudades da infância, meu querido amigo Sinval. Seus olhos voltaram à inocência com este belo poema.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo daqui, de Portugal.
Amiga querida, Graça Pires !
ExcluirTeu registro exprime os meus
sentimentos, deixando-me muito
feliz !
Muto grato.
Agora, aceita o meu carinhoso
abraço, aqui do Brasil.
Sinval.
Ah, nossas lembranças! As que calam mais fundo são as da infância. Às vezes tenho a sensação que não são minhas!
ResponderExcluirO mundo fantástico da Amazônia Brasileira,
precisou ser visto pelos olhos de um menino
que, arteiro, misturou as águas do Purus, às
lágrimas dos
meus olhos, numa amorosa
brincadeira !
Beijo querido amigo Sinval.
Taís Luso, Vizinha querida !
ExcluirMuito agradecido pelo realce dado
ao meu modesto texto.
Fico, realmente, feliz !
Um ótimo final de semana, com o meu
fraterno abraço.
Sinval.
Emocionante poema! Na natureza sentimos a presença eterna de Deus e a fragilidade do ser humano. E nos barquinhos de papel lembrei de minha infância, quando brincava no riozinho da avenida Hercilio Luz.
ResponderExcluirOi, Valéria Adriano Andrade!
ResponderExcluirFico muito agradecido por tua
generosa manifestação !
Perdão pelo atraso na resposta...
Um fraterno abraço.
Sinval.