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domingo, 23 de dezembro de 2018

Poema:A VIBRAÇÃO DOS SINOS



Abraços e sorrisos,  invadem minh´alma !
Lembranças alegres e tristes, derrubam as muralhas
que sustentam as minhas defesas,  que me aparentam
uma fortaleza, escondendo  a verdade de uma forte 
fraqueza.
Ouço  os  sinos a  sorrir,  anunciando  o  mistério da 
vida, no  esplendor da felicidade !
A revoada da passarada, parecendo aplaudir a  
chegada, de quem prometeu e cumpriu...
No inocente sorriso da criança, a doce mensagem
da  infância, anunciando o  renascimento do amor.
É hora da reflexão,  de ouvir o coração, de  olhar
para o lado,  sentir  o amargor  do gemido, saciar
a  fome do faminto e  anular  os tremores do frio.
Reavaliar o sofrimento de quem pecou  e, quem sabe, 
estancar as lágrimas de quem julgou ...
Voltar a sorrir quem, hoje, chora  arrependido  com a 
alma  sangrando de dor.
Ouço  a vibração dos sinos e posso perdoar !
Sou feliz !
É Natal !

UM FELIZ NATAL E  PRÓSPERO ANO NOVO, A TODOS 
NÓS  QUE FAZEMOS  PARTE DO UNIVERSO !

Sinval Silveira

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Poema: Poema: A PRIMAZIA DA AÇUCENA


Cheirosos   ventos invadem  a vila, renascendo  a
esperança da felicidade voltar.
Aplausos chegam da mata, como respingos da
cascata, querendo o jardim  refrescar.
Agita-se o beija flor, voando ligeiro e gracioso,
brigando com o sabiá preguiçoso, que  se 
nega  gorjear.
O perfume da açucena, que exalou na noite serena,  
inebriou  a gente daquele  lugar.
Até o mar  abrandou  suas ondas bravias,  convidando  
a  sereia  para  o perfume   respirar !
E o pescador, que só sabia pescar, aprendeu ouvir  
poesia e poetizar, para seu amor  conquistar !
Trocou o mar pelos lábios quentes da sua amada, 
não trabalha mais nas frias madrugadas, preferindo 
nos  braços  dela  pernoitar !

Sinval Silveira









domingo, 2 de dezembro de 2018

Poema: A BOCA DA NOITE


Jamais se ouviu o teu falar.
Resmungam e gritam por ti.
És momento de reverência,  dos mistérios és a essência,
transformando em sombras , o barulho em silêncio.
Embalas  na tarde o berço,   abraçando o chegar da noite,
 para aplaudir  as paixões, sem revelar os segredos 
cochichados.
És famosa, "boca da noite",  parideira  da madrugada, 
testemunha  do  alvorecer !
Engoles, , faminta,  os últimos raios do sol, trazendo
a penumbra da noite,  beijando, sem medo, a lua 
atrevida, que  vem  ouvir o canto do sabiá, nas fruteiras
da minha Vila !


Sinval Silveira



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Poema: POEMA: DEZOITO ANOS APÓS






Já independente, não saía da sua mente, a pequena
Cidade em que  viveu.
A saudade de tudo que  deixou, se  agigantava cada dia 
que passava.
Seus amigos, vielas e a casa em que morou, quem  hoje 
mora nela ?
Campos e riachos, o  Rio do Peixe, em que se banhou, pescou e 
brincou,  será que não secou ?
Foi  abraçar cada amigo, falar de saudade, de amizade,
pedir desculpas por haver  morado  noutro lugar.
Mas o tempo passou e tudo transformou.
Não havia mais "meninos"...
Já não brincavam no rio, nem prestavam atenção nos 
portais e nas ventanas, das lindas casas  plantadas 
nas vielas de Videira. 
O canto da passarada, tão lindo, somente por  ele
foi ouvido.
 O trem mudou de rumo, em obediência aos trilhos,
e  o  pequeno sino tagarela,  emudeceu. 
Foi à Casa do seu Santo Protetor  que, também, 
chorou...
Sentiu-se um doce assassino,  não ouviu mais o
sino, mas a saudade matou !
 
SINVAL SILVEIRA

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Poema: EM CADA LETRA, UMA LÁGRIMA



Pôs-se a olhar a terra em que viveu.
Percorreu, pela derradeira vez,  as vielas em que
brincou.
Fitou, como quem fita um santo, cada portal e 
ventana  das casas  que  conheceu.
As árvores pareciam lhe dizer Adeus e as flores,
mesmo fora da estação, exalaram perfumes.
Os passarinhos  gorjearam as notas que apreciava,
e o rio paralisou as corredeiras, em  sua homenagem.
Tudo em clima de despedida.
Já no trem, ouviu, pela última vez,  o tagarelar de
um pequeno sino,  avisando  que chegara a hora da 
partida... e partiu.
Tudo ficou para trás.
Somente o desejo de retornar, viajou com aquele 
menino.
Com os olhos rasos d´água, balbuciou palavras,
ditadas por um sentimento  de profunda dor.
"Até... não sei quando".
E, em cada letra da despedida, uma lágrima nos 
trilhos rolou.
 
Sinval  silveira






 



terça-feira, 30 de outubro de 2018

Poema: VAGA-LUME ESPIÃO





Pirilampo, vaga-lume esperto, não  para de 
piscar.
Solitário,  não recarrega sua  bateria, com medo 
de apagar !
Com seu foco intermitente,  me  ajuda,  na  escuridão,  
enxergar.
Tira-me das trevas, me salva do abismo, me
inspira fazer versos e cantigas,  para conquistar
as lindas meninas deste lugar !
Briga com  a luz do  luar e com as águas prateadas
da  lagoa, que roubam o suspiro e o olhar dos
amantes  sonhadores !
Há  quem diga que és pedaço  das estrelas,  ou
bilhetes  recadeiros, caídos lá do Céu ! 
Ah...  Poeta, meu amigo  teimoso e inocente,  jura  
insistente  que  tu, pirilampo  vaga-lume,  és o olhar 
ciumento  daquele  amor  que foi embora,  querendo,
 agora, me vigiar  !

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Poema: A EXPEDIÇÃO DO TEMPO


Singro estes mares, há mais de  50 anos.
As ondas eram  baixas e a água  não tão  salgada
e fria.
O vento  está mais  forte e o barco  preguiçoso...
As vergas e os remos  eram  leves,  e o leme me
obedecia.
O  mesmo  destino parece, agora, muito  distante
e o balaio não pesava tanto.
Minhas mãos não calejavam  e os braços, da dor,
não  reclamavam.
Meu  chapéu de palha desfiou,  perdeu a cor,
a canoa furou e o mastro quebrou.
O tempo passou, não me poupou e  para outras 
ilhas pesqueiras, me levou.
A gaivota não me acompanhou, gargalhou de longe,
e regurgitou  o peixe que lhe  dei.
Não mais  acredita num velho pescador... e aos 
meus pés, por piedade, vísceras de pescados, atirou.
O tempo concluiu sua expedição, chegou ao  seu
destino  e  me desembarcou...
Sinval Silveira

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Poema: SONHAR CONTIGO



Daquele  sorriso inocente,  do lindo olhar,  
dos brincos e do vestido que  usaste  nas 
fantasias  dos meus sonhos, não consigo
esquecer.
A  tua voz roquinha,  a chamar pelo meu 
nome, ainda ouço  nas noites  frias de São
João.
As músicas  são as mesmas  e os trajes
da roça, também.
E vejo teu corpo  bailar,  nas chamas da
fogueira  a  queimar !
E tu não mudaste, incendiando meu coração !
Nem mesmo as décadas que passaram,
conseguiram de ti me afastar.
Somente a ausência proíbe tua doce
presença, de mim se aproximar...
Lembro, sim, do teu  jeito  de andar, parecendo
um poema  a declamar !
Procuro por ti nas rodas de danças, e me
deparo com as lembranças,  acendendo
a esperança de, nesta noite,  mais uma vez,
contigo sonhar !
 
sinval silveira

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Poema: MEUS MEDOS



Não sinto medo do medo.
Mas, não queiras  partilhar  deste sentimento.
As  trevas me assustam, me aproximam do
abismo, sinistro e infinito.
Quando me sinto perdido,  aspiro o  perfume  da
rosa amarela, que  me faz esquecer o brilho dos
olhos dela.
Na doçura da açucena,  compenso a perda  daquele   
mágico sorriso... parecendo a chuva que molha o 
deserto sedento, sem  nada exigir em troca.
Reverencio a vida, aprecio a verdade e não sou  
valente, nem covarde, mas sinto  medo  de  amar. 
A coragem quase me destruiu e a  vida  me 
chibateou.
Somente o gemido da dor  me avisou.
Do  outro olhar,  traiçoeiro, nada restou...
O  medo me salvou.
Sobrevivi !
Estou aqui !
 
Sinval Silveira

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Poema: AS CHAGAS SÃO TESTEMUNHAS


Precisando de afeto, procurei  aquelas  
mãos.
Estavam ocupadas, com outras mãos...
As minhas  permaneceram vazias e 
sem calor.
Estão ásperas, secas e frias, de tanto
remover barreiras, à procura de um amor.
São induzidas por meus olhos, iludidos
pelo  ingênuo  coração.
Garimpam  nos espinhos, ferem a alma,
arrastam-se nos caminhos.
As lágrimas molham as páginas tristes da 
minha história, sem vitórias, apagando o 
pouco que restou.
Na solidão das minhas  noites, a saudade
se arma da  soiteira e, sem piedade, bate
até o amanhecer.
Somente  o  gemido da  tortura infinita, não 
se  rende à dor.
As chagas são testemunhas,  das minhas noites 
de horror...
Sinval Silveira






segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Poema: O BOTEQUIM


Sonhos e delírios,  afloram como flores e espinhos.
Quebram-se segredos,  conquistas e acusações...
Confissões assustadoras, sem medo.
Abraços, irrigados por lágrimas, são trocados entre
amigos do etílico.
Choros e sorrisos  se fundem  na mesma emoção !
Todos falam  com os olhos brilhantes de uma alegria 
constante.
Ninguém estanca o  doce ou  amargo pranto...
Nada mais importa.
São os amigos de  botequim, algemados ao 
conhaque,  vermute ou  à cachaça.
Cantam, batucam e até declamam versos !
Falam de  amores que  partiram, de paixões 
que ficaram e de traições que  não morrem.
Todos parecem poetas.
Arrancam aplausos, com lágrimas !
Mas, não  se bebe, sem oferecer um gole ao  Santo
protetor.
Vale tudo...
Sorrir, chorar, ficar calado ou falar.
O ambiente é democrático.
Muita alegria e  tristeza..
Hora de ir embora, somente quando o botequim 
fechar... e fechou !

domingo, 9 de setembro de 2018

Conto poético: UM FÓSSIL DA PRÉ-HISTÓRIA



" Estou aqui, nesta mesma posição, há milhares de anos.
Até então, ninguém me encontrou.
A  terra, que me acolheu,  transmitia os recados do meu 
povo.
Olha-me bem, mas com todo o cuidado.
Tenho muito  a  revelar  !
Pelos sinais que preservo, poderás  saber se sou  um
guerreiro ou mulher.
Minha idade, saberás com precisão.
Altura e  peso, também. 
Até minha cor, te direi.
Meus dentes te falarão sobre  a minha alimentação.
Revelarei  o que me trouxe até aqui.
Acredita em mim !
Queres saber o meu nome ?
Não posso te informar,  mas aceito o apelido 
que  queres me dar.
Ficarei muito feliz !
Quem sabe, "Abu"...
Acho bonito !
Deixa o sol me aquecer.
Sinto frio e  saudade da minha gente...
Obrigado,  por haveres   retirado este manto 
de terra.
No mais, algum poeta falará por mim. "
Sinval Silveira

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Poema: Homenagem a Minha Pátria!

 
 
 
Transfiro a honra de te saudar, reverenciando a memória
de gloriosos filhos teus.
Do homem, nada restou.
Da sua família, mulher e quatro filhos, somente a loucura
e o bacilo de Koch, podem explicar.
Do gênio, restou o que a história registrou.
Neste teu aniversário de liberdade, jogo aos teus pés os
doces poemas, missal e broquéis, berçados nos
sentimentos privilegiados, e na  nobreza de uma inteligência
literária sem  precedente, que somente tu,  Pátria Brasileira,
pode ser merecedora.
Cuida, hoje, dos jardins no infinito, colhendo flores soltas no
ar.
Meu Poeta, João da Cruz e Sousa, que orgulho  tenho de ser
o teu conterrâneo,  e poder homenagear a tua, e a minha
Pátria !
Sei, João, que um vendaval de decepções varre o  teu 
querido País.
Busco, então, alento nos grandes exemplos do teu digno
irmão.
Um homem de verdade, quase lenda.
Um sertanista, diriam alguns.
Para outros, um desbravador, a quem muito deve a tua
história.
Recebe o fraterno abraço do teu digno filho,
Cândido Mariano da Silva Rondon, ou, muito
respeitosamente, Marechal Rondon !
Da estatura patriótica deste  digno homem,  ouço a ecoar
no coração do povo brasileiro, a angústia de uma voz
estrangulada pela incompreensão humana.
Desabafa, Patriota e Mártir, Joaquim José da
Silva Xavier - Tiradentes.
Assim diria:
" AGORA, QUE CONQUISTAMOS A
INDEPENDÊNCIA TERRITORIAL,  A  ABOLIÇÃO
DA ESCRAVATURA,  A  PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA, TEMOS QUE CONQUISTAR A
DECÊNCIA  POLÍTICA E ADMINISTRATIVA."
Parabéns, Pátria Brasileira !
Salve 7 de setembro !
 
 
Sinval Silveira

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Conto poético: A DECADÊNCIA DA PROSTITUTA



Sentada na  mureta do jardim, lançava  todo 
o charme que lhe restou da vida, em cima dos
homens que passeavam a sua frente.
Sorria, mesmo sem achar graça, como se 
aqueles fossem os últimos trunfos de 
conquistas.
Cheirava uma rosa, já sem vida, e fingia
prestar atenção na voz do sino, vinda do
campanário.
Demonstrava carinho ao pombo,  que cortejava
a sua  amada,   próximo aos seus pés.
Bem vestida e  exalando açucena,  parecia 
ansiosa, esperando por  alguém, ou por qualquer 
um,  que já estava  atrasado.
Consultou  o relógio uma dezena de vezes, 
agora, assinalando mais de  22,00h.
Nem os homens  mais velhos, sequer por 
educação, a cumprimentavam.
Muitas jovens, na área, tiravam o seu brilho,
já ofuscado pelo tempo...
Entristecida e só,  foi dormir numa pensão antiga, 
frente ao jardim.
Foi a última vez que a vi.
Quando os sinos dobram,  parecem  chamar por 
aquela mulher, hoje, vestindo  uniforme  num asilo
de idosos, bem próximo ao jardim  onde  reinou,
soberanamente, por muitos e muitos anos.
Nem mesmo os seus  antigos "súditos",  seriam 
capazes de  reconhece-la...
 
 
Sinval Silveira

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Conto poético. O FAROLEIRO



As grossas ondas lambem  as  escarpas rochosas
da pequena Ilha oceânica, provocando estrondos
assustadores.
Os poucos  arbustos  se curvam  aos fortes ventos, 
vindos do mar.
A visão da terra firme é muito distante.
Noite escura, chuvosa e fria...
Aos navios e  barcos pesqueiros, um grande farol
sinaliza  "zona de perigo".
No  seu interior, um homem solitário presta 
relevantes  serviços à  navegação marítima.
É o  faroleiro.  Um  herói !
Missionário da  bonanza, zelador da segurança,
"Anjo da Guarda"  do passante !
Durante  o dia, aproveitando a trégua da obrigação,
escreve contos vivenciados  na solidão.
Diz  receber a visita  de lindas sereias, na madrugada,
formando um lindo coral de vozes !
Submarinos,  que ancoram nas proximidades da Ilha, 
presenteando-o com  mimos,  vindos de muito longe.
Gaivotas gigantes, que habitam aquelas  águas, 
vigiando  embarcações naufragadas nas 
profundezas do mar.
Ao despedir-se, convidou-me  para testemunhar
a  veracidade destes  contos, permanecendo uma
noite na sua  "Ilha da Imaginação".
Agradeci, sensibilizado, pois já possuo a minha,
com histórias  semelhantes, igualmente "verídicas".
Sinval Silveira

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Poema: O PODEROSO BRUXO



Sentou-se no topo da montanha, olhou a linda
paisagem e resolveu rapta-la.
Anestesiou o mar, proibindo o banho  das encostas,  
sucumbindo a vida.
Sepultou as gaivotas no azul do céu.
Proibiu a açucena de exalar o seu embriagador
perfume e calou o canto dos passarinhos.
O vento não mais balançou as verdes folhas do
coqueiral, e as ondas adormeceram, preguiçosamente.
O pescador,  enfeitiçado,  não mais conseguiu recolher
a rede, nem  retornar  ao trapiche.
Finalmente, sarcasticamente sorriu, lavou os pincéis e
desceu a montanha, aplaudido pelo mundo das artes !
 
Sinval Silveira




quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Poema: SONHO DE ESPANTALHO


Condenado,  cumpro  uma  cruel missão...
Espantar  sabiá, gralha azul e  porco  do mato.
Sinto vergonha de fazer este  papel, mesmo sendo um 
espantalho.
Estou vestido de gente,  mas sem poder andar, dormir 
ou  falar.
Tenho compaixão dos  bichinhos, morrendo  de fome e 
de medo, não podendo desta roça  desfrutar.
Sou feito de palha seca, chapéu de aba larga e assustador,
parecendo uma cena de terror.
Consigo assustar a todos, menos  evitar  o  veneno que
sufoca este  lugar.
De braços abertos, no calor do sol  e  no  sereno da 
noite,  sonho em  ser, apenas,  o que pareço:  
Um  espantalho na  plantação,  um  palhaço na  vizinhança, 
uma brincadeira de  criança !
Quando passarem por mim, me olhem  com admiração.
Minh´alma é cheia de sentimentos, transbordando de 
amor, meu coração !
É assim que sonho ser.
Sinval Silveira